Entre sons, letras, teclas, botões, ligações e conexões, o fio invisível do tempo interliga os caminhos tecnológicos das telecomunicações no Brasil. Profissões que acreditávamos na extinção, como os radialistas, estão mais vivas do que nunca, entregando notícias e entretenimento dia após dia. O rádio é um exemplo deste fio invisível que sofreu diversas mudanças ao longo dos anos e hoje segue sendo um dos meios mais consumidos pelos brasileiros. Estar presente em um mundo de tecnologia e ficar no meio termo entre o tecnológico e o nostálgico é uma das tarefas mais desafiadoras da atualidade.
A voz dos radialistas está em qualquer lugar, o som que, antes, já tinha a mágica de romper fronteiras, agora, está ainda mais forte. O rádio virou imagem, foi para internet, se reinventou. No tocante à audiência, o público também tem mudado suas formas de consumir mídia. Mudanças até causam medo, mas geram resultados positivos para quem se arrisca. Com o rádio não foi diferente, mas as circunstâncias fizeram com que se reinventar fosse a única alternativa possível para que se mantivesse vivo. E funcionou!
Não conseguimos prever quais serão as próximas mudanças no que diz respeito à comunicação, mas sabemos que o rádio não tem mais os seus dias contados como se achava antigamente. Certamente ainda teremos diversos novos avanços tecnológicos, novas adaptações e o rádio terá que se manter atualizado e continuar se reinventando, porém, ele é feito de pessoas para pessoas e isso nunca mudará.
Neste mês de novembro, em que comemoramos o dia do radialista, quero dar os parabéns a todos os profissionais deste país. Parabéns pela adaptação ao longo dos anos, mudança de paradigma incessante, esforço no combate a fake news e disseminação de informação de qualidade. Tenho a confiança de que os jovens radialistas saberão como conduzir o futuro do rádio para as próximas gerações, pois o princípio da profissão não irá mudar e se adaptar às mudanças é algo já corriqueiro para os profissionais da comunicação. Prevejo um futuro promissor para o rádio e seus profissionais no que diz respeito a assumir riscos com novas tecnologias, manter e conquistar a audiência e servir para a sociedade como instrumento democrático.
Presidente da Fenaert, Jorge Henrique Maciel