O jornalista, escritor e comentarista da CBN FM 92.5 AM 860 do Rio de Janeiro e CBN FM 90.5 AM 780 de São Paulo, Carlos Heitor Cony, morreu na noite desta sexta-feira (5), aos 91 anos, de falência de múltiplos órgãos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, que confirmou o horário da morte às 23h10. Ocupante da cadeira de número três Academia Brasileira de Letras (ABL) desde maio 2000, Cony também era colunista da Folha de S.Paulo.
Cony publicou 17 romances, mas sua obra também se divide em contos, crônicas, ensaios e peças de teatro. A estreia na literatura aconteceu com “O Ventre”, de 1958, seguido de “A Verdade de Cada Dia” e “Tijolo de Segurança”. Também foi o autor de “Quase Memória”, que vendeu mais de 400 mil cópias, e “O Piano e a Orquestra”, obras que renderam a ele o Prêmio Jabuti.
"Ele sempre dizia que a expectativa dele era pelo bom dia". Assim o jornalista Milton Jung, apresentador da rádio CBN, resumiu o prazer de Carlos Heitor Cony, que faleceu neste sábado aos 91 anos, em participar do quadro “Liberdade de Expressão”, veiculado às sextas-feiras, dentro do jornal da CBN 1ª edição. Com pitadas de deboche, referências históricas e citações bíblicas, Cony falou sobre temas do cotidiano aos ouvintes da emissora nos últimos 16 anos, ao lado do colega Artur Xexéo e do âncora da CBN, que se "intrometia na conversa". Mesmo com a saúde fragilizada, Cony participou do quadro até 22 de dezembro, quatro dias antes de ser internado.
Fonte: Tudo Rádio.
