Receita digital de rádios locais pode avançar 9,7% em 2021. Off-line também terá trajetória positiva nos EUA

Mais um levantamento referente ao mercado de rádio dos Estados Unidos dá uma pista de que o digital pode ser uma alternativa para um crescimento de receitas no pós-pandemia. Segundo a BIA Advisory Services, o rádio local norte-americano deverá ter um acréscimo de 9,7% de faturamento digital em 2021, isso comparado ao ano anterior. O levantamento aponta também que a receita “do ar” das emissoras também continuará avançando até 2022, mas ainda abaixo do nível pré-pandemia da covid-19. Recuperação ocorre com base numa maior estabilidade econômica em 2021 nos Estados Unidos. Acompanhe:

"A estrela que brilha continua sendo a receita de publicidade digital online do rádio, que ultrapassará o crescimento over-the-air neste ano e no futuro. Os grupos de radiodifusão que investiram e orientaram suas empresas para o digital se beneficiarão mais rapidamente com essa previsão", afirma o economista-chefe da BIA, Mark Fratrik, em reportagem do portal norte-americano Inside Radio.

É sempre importante considerar que a queda brusca observada em 2020 pelos mais diferentes levantamentos tem relação com a fase aguda da pandemia do coronavírus, não sendo algo exclusivo da indústria de rádio. Partido desse aviso, é possível ver que o tamanho do declínio pode não ser tão grande quanto alguns anteciparam com base no que algumas empresas públicas relataram no ano passado, alerta a reportagem do Inside Radio.

Neste caso, a BIA estimou que a receita total de publicidade via FM/AM (pelas ondas terrestres) caiu para US $ 9,7 bilhões, um declínio de 23,6% em comparação com os US $ 12,8 bilhões faturados pela rádio local em 2019. A boa notícia é de que as receitas de publicidade via ondas para o rádio voltarão a crescer em 2021 e seguirá evoluindo em 2022, segundo a BIA.

Já as receitas de publicidade digital nas estações demonstraram uma força contínua, com apenas uma ligeira queda para US $ 939 milhões em receitas em 2020 contra US $ 1 bilhão em 2019. Já para 2021, com o setor norte-americano em recuperação, a receita digital das emissoras deve retornar para US $ 1 bilhão, se recuperando da crise.

É fato que a receita de publicidade digital para as emissoras de rádio ainda está em um patamar bem abaixo do que é faturado no modelo tradicional, via ondas terrestres (FM ou AM). O mesmo ocorre com a parcela de audiência concentrada entre os ambientes off-line e on-line, porém nos dois casos, a previsão desde 2020 é positiva para quem trabalhar seus canais digitais, sendo um complemento importante de suas atividades. No período agudo da pandemia nos EUA, alguns grupos de rádios melhoraram os seus balanços na crise devido à receita vinda do on-line.

Ainda segundo relatório da BIA Advisory Services, a previsão de publicidade local 2021 nos Estados Unidos, considerando a receita total de anúncios locais em todas as mídias, chegará a US $ 137,5 bilhões em 2021. O valor representa um aumento de 2,5% ano a ano em relação à estimativa final pós-covid-19 da empresa para 2020 de US $ 134,1 bilhões. Segundo o Inside Radio, isso reflete que as empresas estão começando a se adaptar e se recuperar dos pontos baixos da pandemia.

Já para países como o Brasil, perspectivas mais otimistas podem surgir a partir do segundo semestre deste ano, caso o processo de vacinação da população evolua, possibilitando uma abertura real da economia, influenciando diretamente no varejo (fundamental para o rádio local brasileiro). Seja aqui ou nos Estados Unidos, executivos da indústria de rádio já apontavam a vacinação contra a covid-19 como peça chave na recuperação econômica.

Fonte: Tudo Rádio

Streaming já corresponde por 10% da audiência de rádio, indica Nielsen

Uma das mudanças indicadas em 2020 como tendência para o rádio parece ter se consolidado em 2021. Segundo a Nielsen, 10% de toda a audiência de rádio nos Estados Unidos ocorre de forma on-line. Para se ter uma idéia do avanço, esse volume não oscilava distante de 5% do total no período pré-pandemia do novo coronavírus. Com o início do isolamento social no segundo trimestre de 2020, esse valor subiu para 8% e, desde então, passou a oscilar nesse novo patamar. Alguns levantamentos divulgados ainda no ano passado já davam uma pista sobre esse novo patamar on-line da audiência de rádio.

Antes é preciso considerar alguns pontos: antes da pandemia, esse patamar era de 5% e aí, com o isolamento saltou para 8% e ficou oscilando a partir desse novo degrau. Prevendo uma necessidade de ajustes em sua medição, a Nielsen realizou um ajuste em fones de ouvido em sua medição eletrônica PPM (Portable People Meter), o que influenciou ainda mais nas medições a partir de outubro de 2020: o patamar da audiência on-line saltou para 10%, ou seja, mais um degrau.

Esse avanço on-line não é pequeno, se considerar que o rádio via ondas AM/FM pouco perdeu de seu alcance total mesmo com os meses de maior isolamento durante a fase aguda da pandemia (considerando o mercado norte-americano). E, a partir de 2021, houve uma retomada dos deslocamentos diários (fundamental para as estações dos Estados Unidos), o que fez o alcance do meio aumentar novamente. Mesmo com a recuperação das escutas off-line a partir do segundo semestre de 2020, a audiência on-line foi mantida em um novo patamar.

"Quando a Nielsen introduziu o novo aprimoramento da metodologia de ajuste de fone de ouvido em outubro de 2020, a participação de ouvir streams codificados saltou para 10% e tem se mantido desde então", afirmou o executivo Doug Hyde, diretor sênior, National & Local Insights, Westwood One, ligada a Cumulus Media.

Recortes e outros levantamentos

A Westwood One indica que os novos números da Nielsen estão de acordo com as informações mais recentes do levantamento Share of Ear da Edison Research no primeiro trimestre de 2021, que mostram que 11,3% do total de escuta entre pessoas com mais de 13 anos ocorre via streaming.

No relatório por faixas etárias, mas considerando o Share of Ear, é possível acompanhar essa variação oscilando mais, com uma maior participação do streaming das escutas de rádio: 14,6% do total da audiência ocorre via on-line entre os adultos de 25 a 54 anos, impulsionada pelo horário de trabalho para esse grupo, segundo análise feita por Doug Hyde. Mais recortes: 13% entre adultos de 18 a 34 anos e 11,5% para o público entre 35 e 64. 

"Para os anunciantes, a implicação é clara, o streaming de rádio AM / FM precisa fazer parte de cada compra de 'rádio AM / FM'. O streaming de rádio AM / FM não pode mais ser ignorado", afirma Hyde em sua análise.

Os dados são corroborados por outro estudo, encomendado pela Cumulus Media, realizado em outubro de 2020. O levantamento conduzido pela MARU / Matchbox apontou que 55% de todos os adultos de 25 a 54 anos afirmam ter consumido um streaming de rádio AM / FM na semana passada. Entre os ouvintes mais assíduos de rádio AM / FM, o volume saltou para 71%. O levantamento contou com 1.687 ouvintes.

Esses dados colaboram com uma notícia positiva para o rádio: o meio mantém sua efetividade pelo ar (via ondas de AM e FM) e amplia a sua carga de audiência através da entrega de conteúdo ao vivo via streaming. Ou seja, o quadro fortalece a percepção que o rádio tem virado um meio híbrido.

Com informações da Nielsen, Westwood One, portal Inside Radio e MARU / Matchbox

Fonte: Tudo Rádio

Dados da Kantar Ibope Media mostram que investimentos publicitários movimentam mais de R$ 11 bilhões no primeiro trimestre de 2021

A Kantar Ibope Media divulgou dados estudo Inside Advertising sobre investimentos publicitários, que avaliou oito meios de comunicação – cinema, jornal, revista, rádio, TV (aberta e por assinatura), Out of Home e Internet. De acordo com o levantamento, o valor é apenas 1,2% menor do que no mesmo período do ano passado, considerando os mesmos meios e canais em ambos os períodos. Acompanhe os recortes:

Segundo os dados divulgados, os investimentos publicitários movimentaram mais de R$ 11,2 bilhões no primeiro trimestre de 2021, de acordo com análise da Kantar IBOPE Media apresentada hoje, 7, em webinar para o mercado publicitário. O valor é apenas 1,2% menor do que no mesmo período do ano passado, considerando os mesmos meios e canais em ambos os períodos. 

O estudo mostra ainda que a pequena retração pode ser explicada pelo impacto em setores mais afetados pelas medidas de contenção ao Covid-19, como Turismo (-43%), Bebidas (-27%) e Automotivo (-27%). Por outro lado, setores ligados às nossas vidas dentro de casa intensificaram a comunicação entre janeiro e março, como Imobiliário (+53%), Telecomunicações (43%) e Eletros & Informática (+36%). “Ao analisar os dados do começo da pandemia, quando os investimentos entre abril e junho estiveram 20% abaixo do mesmo período de 2019, é possível notar uma estabilização das atividades publicitárias neste começo de 2021”, ressaltou Adriana Favaro, diretora de desenvolvimento de negócios da Kantar IBOPE Media.

Ainda de acordo com o levantamento, os negócios digitais (e-commerce, delivery, fintechs, vídeos sob demanda - VoD e mídias sociais) apresentaram crescimento significativo nos últimos meses, provavelmente impactados por algumas mudanças de comportamento dos consumidores. Os investimentos desse grupo subiram 37% e as inserções em meios além da Internet, como TV e OOH, cresceram 41%.

Já individualmente, o VoD aumentou os investimentos publicitários em 151% entre janeiro e março de 2021 versus o mesmo período do ano anterior. Além disso, passou a apostar também em inserções fora da Internet: 53% a mais. O mesmo aconteceu com as Fintechs (71% a mais de investimento publicitário e 202% a mais de inserções além da web) e com o E-commerce (+18% e +148%, respectivamente).

Vale ressaltar que o estudo Inside Advertising da Kantar IBOPE Media, que avaliou oito meios de comunicação – cinema, jornal, revista, rádio, TV (aberta e por assinatura), Out of Home e Internet. No caso das rádios, foram analisados 13 mercados, abrangendo 106 rádios.

Fonte: Tudo Rádio

Pesquisa destaca os pontos fortes do rádio na era covid-19: foco local, comunicadores e conexão emocional

Na semana passada, o rádio norte-americano acompanhou mais uma pesquisa que mostra o papel do rádio durante a pandemia do coronavírus. Com as dificuldades expostas pelo momento nos Estados Unidos, ficou mais clara a importância emocional que as estações possuem no dia a dia das pessoas. Pontos como a presença de comunicadores no ar, música e o perfil local das emissoras também foram destacadas pela Techsurvey 2021 da Jacobs Media, no levantamento "Radio in the Year of COVID".

O levantamento foi feito com mais de 42 mil ouvintes de rádio, em 470 estações participantes, relacionado ao mercado dos Estados Unidos. A pesquisa Techsurvey 2021 da Jacobs Media é realizada anualmente, mas desta vez os dados são relativos a um período de mudanças comportamentais, devido à covid-19. 

"Para as estações de rádio que estavam realmente fazendo seu trabalho no ano passado, essa conexão emocional se tornou um grande negócio", afirmou o presidente da Jacobs Media, Fred Jacobs, durante um webinar na quinta-feira passada (6). "Isso nos mostra o valor de atender às necessidades emocionais das pessoas, especialmente durante tempos de intensa dificuldade", completa o executivo.

Os destaques: o peso dos comunicadores para a audiência

Considerando os resultados históricos anuais da Techsurvey, em 2019 foi o primeiro ano em que os participantes disseram que o principal motivo de se ouvir uma estação é pela "personalidade do ar", que seria o equivalente a comunicador ou locutor no Brasil. Antes desse período, o principal motivo era a execução de músicas. Na pesquisa de 2020, antes da pandemia, esse número de 59% para os comunicadores ficou estável em relação ao levantamento anterior, saltando depois para 61% na pesquisa atual, já sob efeito pandêmico. A música manteve patamares semelhantes como peso nos últimos três anos, registrando hoje 55%.

"Durante a covid, quando muitas pessoas exibiam suas emoções em suas mangas, as personalidades do rádio que aproveitaram isso fizeram um ótimo trabalho em abraçar seu público", afirmou Jacobs durante a apresentação dos dados de 2021. O executivo também disse que os comunicadores também estão "eclipsando a música na composição da marca de muitas estações". E os formatos que demandam mais o peso das personalidades são do Pop CHR (74%) e Hot AC (73%). 

Nos Estados Unidos, muitas das rádios possuem marcas locais, mas atuam em formatos de redes regionais ou estaduais. E as estações têm priorizado a presença de comunicadores no ar, mesmo que a personalidade seja de um local específico e esteja em emissoras de diferentes cidades e regiões. A estratégia de manter o comunicador como se estivesse próximo do ouvinte tem surtido efeito, fazendo boa composição com a programação musical (o rádio norte-americano é um dos que possuem mais horas dedicadas à música, tendo a faixa da manhã mais destinada a um maior volume de conteúdo falado).

Porém, a música também segue forte para o rádio. Além dos 55% dos entrevistados que destacam esse elemento artístico como principal motivo de se ouvir uma estação, a Nielsen também apontou um "possível retorno à normalidade" nos níveis de escuta de rádios mais musicais nos Estados Unidos.

Sensação local

Esse peso maior de radialistas, seja o local ou o nacional (mas que se parece próximo ao ouvinte), também acaba refletindo na importância do rádio como um veículo local, próximo de suas comunidades. Segundo os resultados da Techsurvey 2021, quase nove em dez (87%) dos ouvintes concordam totalmente ou concordam que a “sensação local do rádio é uma de suas principais vantagens”, com quase metade (49%) respondendo “concordo totalmente” em 2021, volume que estava em 43% em 2017. 

"O local importou mais durante a pandemia porque muito sobre a covid não dependia do que estava acontecendo em Washington, DC (capital dos EUA), mas em sua comunidade (…) isso é o que o rádio, quando está no jogo, cobre melhor", afirma Jacobs.

Com informações do portal Inside Radio e da Jacobs Media

Fonte: Tudo Rádio

Edição da Live AESP Talk vai abordar o cenário do mercado publicitário durante pandemia 2020-2021

A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado São Paulo (AESP) está divulgando mais uma edição do seu projeto Live AESP Talks, em que profissionais da radiodifusão e de outras áreas são entrevistados sobre assuntos que envolvem os meios comunicação. Nesta quarta-feira (12), das 11h às 12h, o evento contará com a participação de Silvio Soledade, presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) e vai abordar o cenário mercado publicitário durante pandemia 2020-2021.

Com a pandemia do coronavírus, a área da publicidade também precisou se adaptar à nova realidade que a pandemia do coronavírus impôs.  Com as pessoas tendo que ficar em casa, os profissionais da área e as marcas tiveram que se readaptar para poder alcançar os clientes em potencial e estabelecer o desejo de compra e consumo.

A live organizada pela AESP vai debater sobre como o mercado publicitário se reinventou durante a pandemia; e o impacto causado pela pandemia da Covid-19 e a retração econômica sobre os investimentos em publicidade.

A transmissão desta quarta-feira (12) será realizada entre 11h e 12h e será levada por meio dos canais digitais da AESP, incluindo a Fan-Page no Facebook e o canal da entidade no YouTube. Emissoras interessadas poderão fazer a retransmissão do evento em suas programações.

APP realiza curso voltado para equipes de vendas das emissoras de rádio e TV

A Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) realizará na próxima semana um curso muito interessante para equipes de vendas das emissoras de rádio e TV. O curso “Prospecção de Contas e Novos Negócios para Veículos de Comunicação - Como prospectar em um mundo de reuniões virtuais e de pouco acesso aos decisores?”. 

A APP está concedendo um desconto de 20% para os associados da AESP. Para se inscrever utilize o código APPREGIONAIS no link de inscrição https://doity.com.br/prospeccao-de-contas-e-novos-negocios-para-veiculos-de-comunicacao?c=APPREGIONAIS#registration

Fonte: TudoRádio.com

Minicom segue com expectativa de que o leilão 5G ocorra em julho

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou no último dia 4 que segue trabalhando para que o leilão de frequências 5G seja realizado pela Anatel em julho.

A minuta do certame passa neste momento por análise do Tribunal de Contas da União, de onde saíram manifestações recentes de que o prazo desejado pelo governo, de 60 dias apenas para estudo das regras, é pouco. O edital foi entregue pela agência ao TCU há exatos 46 dias.

“Nossa ideia é que o leilão ocorra em julho. Temos trabalhado para isso. Lógico que foge um pouco de nós, estamos agora no Tribunal de Contas da União”, disse Faria. Ele participou do evento virtual de lançamento do movimento Antene-se, que busca conscientizar prefeitos e vereadores para a importância de facilitar a implantação de redes de telecomunicações nas cidades. O movimento é uma iniciativa das entidades Abrintel, Conexis, Brasscom, ABO2O, Feninfra, Telcomp e CNI.

Conforme Faria, o relator do edital 5G no TCU, ministro Raimundo Carreiro, mandará “em breve” seu parecer para votação no plenário da Corte de contas. “Até lá não estou me pronunciando em nada. Vou esperar o voto dos ministros, porque se eu fosse responder a cada auditor ou a cada técnico algo que soltassem para a imprensa, praticamente íamos cancelar tudo o que estamos fazendo no ministério para ficar respondendo”, disse o ministro.

O comentário se deve às análises de auditores do TCU, segundo as quais o edita trás problemas legais, como a imposição de construção de rede privativa para o governo federal e de rede óptica na Amazônia. Para a área técnica do órgão, a imposição fere a Lei de Licitações. Além disso, faltam informações sobre como essas redes serão mantidas após construídas.

Fonte: Tele.Síntese

Descubra 5 estratégias para aumentar a interação entre rádio e ouvintes

Nada é mais frustrante para um radialista do que uma emissora que não gera interação entre rádio e ouvintes. Está intrínseco na história do rádio que o engajamento com audiência é o motor que impulsiona o veículo de comunicação a conquistar ainda mais alcance, como também anunciantes e apoiadores.

É pela interação entre rádio e ouvintes que se constrói um vínculo que ultrapassa as ondas de transmissão e influencia nos hábitos cotidianos da audiência. Se você já ouviu de algum colega de profissão que ele não se importa com sua audiência, ele, com certeza, ou está mentindo, ou não compreendeu a importância de ter um público fiel a sua programação.

Um bom radialista é aquele que busca, diariamente, cativar seu público e envolvê-lo. Esse envolvimento com a audiência precisa ser o motivo que cada profissional acorda pela manhã ou liga o microfone para a transmissão. Se quando surgiu, lá no século XIX, a comunicação no rádio era unilateral, hoje, a realidade (e a necessidade da sociedade) faz com que os meios de comunicação percebam que ter interação entre rádio e ouvintes é essencial para o sucesso das emissoras.

Essa relação evoluiu, mas nunca deixou de lado seu propósito: criar uma intimidade tão próxima do público, ao ponto do rádio virar quase que um “integrante” da família, um companheiro para todas as horas. Das cartas evoluímos para a mensagem de texto. Dos telefonemas aos áudios nas redes sociais. Dos relatos escritos sobre problemas, aos vídeos e fotos mostrando esses desafios. O contato em tempo real e espontâneo trazido pela Internet tomou conta da nossa vida e o rádio precisa abraçá-los sem medo e com inteligência.

Crie um roteiro de interações entre rádio e ouvintes

Uma das primeiras ações essenciais para aumentar a interação entre rádio e ouvintes é transformar o engajamento de audiência numa rotina diária da sua programação. Quando falamos sobre roteiro de interações é, literalmente, pontuar na sua programação ou ao longo de determinados programas, quando será feito algum estímulo à interação.

Por exemplo, a rádio ter vinhetas para interação (hora do ouvinte) e o locutor ter momentos de deixas ao longo dos programas para que se rode a vinheta.

Isso é extremamente prático, principalmente, para lembrar que é preciso estimular a interação entre rádio e ouvintes. Esse roteiro de interações pode incluir, também, quais serão os temas a serem abordados para que se estimule a participação do público. Em rádios musicais, essa interação pode vir depois de tocar um antigo sucesso e o locutor relembrar alguma história relacionada àquela música. Ao fim, ele pode deixar a mensagem: “e você, qual lembrança essa música traz? Conte para gente”.

A rádio também pode alavancar as interações criando spots na sua programação ou um programete só de “fala ouvinte”. Esse tipo de estratégia é bem eficiente, principalmente, nos breaks comerciais. Assim, você estimula que seu público permaneça na sua rádio durante as propagandas, a fim de ouvir se a interação enviada será transmitida nesses spots ou programetes. O lado positivo desse tipo de estratégia é que você consegue vender espaços publicitários ainda mais qualificados aos seus anunciantes, com maior garantia de que seus ouvintes permanecem na sua rádio, mesmo durante os comerciais.

Interação entre Rádio e Ouvinte: Use e abuse do factual

Isso não serve apenas para emissoras jornalísticas. Quando falamos factual, estamos nos referindo a qualquer acontecimento. Se você é uma rádio musical, porque não aproveitar para gerar interação quando tem um lançamento de uma música, por exemplo. Ou até mesmo quando um famoso vira notícia por algo que fez ou falou. Essa interação pode ser o tradicional “o que você achou/qual sua opinião sobre”, ou até mesmo perguntar para seus ouvintes se eles possuem vivências parecidas.

Além disso, uma estratégia interessante é aproveitar datas sazonais ou históricas para aumentar a interação entre rádio e ouvintes. Um clássico é questionar o que sua audiência estava fazendo quando determinada situação ocorre ou irá fazer na data comemorativa próxima. Você pode transformar isso em um produto comercial, com uma promoção de concurso cultural, por exemplo.

Ainda sobre usar e abusar do factual para aumentar a interação entre rádio e ouvintes, o podcast e redes sociais são excelentes ferramentas para se aproveitar ao máximo o que está acontecendo naquele momento exato. Continue lendo e veja como utilizar as redes sociais a seu favor.

Aproveite as ferramentas das redes sociais para atrair ouvintes

Costumamos ouvir que as redes sociais são a sala de estar das empresas. É onde você mostra o melhor “lado” da sua marca. Dentro de uma casa, a sala de estar é aquele espaço bonito, bem decorado, que você sempre recebe suas visitas. Normalmente, elas são separadas dos outros cômodos da casa, como os quartos. Basicamente: a sala de estar é o que você quer que seus visitantes vejam da sua residência.

Mais do que divulgar sua programação ou anunciantes, a rede social para rádios pode ser um espaço muito importante para gerar interação entre rádio e ouvintes. Não, não estamos falando sobre sorteios ou promoções. Nossa dica, inclusive, é evitar fazer sorteios nesses locais.

Quando falamos em interação entre rádio e ouvintes nas redes sociais, estamos mencionando enquetes, stories dos bastidores da emissora, caixa de perguntas, pedido musical, posts em homenagem aos ouvintes, histórias que vocês recebem em concursos culturais… Enfim, existe uma infinidade de possibilidades da sua rádio aproveitar o lado bom das redes sociais.

Nossa dica é ter conteúdos exclusivos para esses meios. E não precisa ir muito longe. Você pode gravar rapidinho o trecho de um programa ou algum “causo” que aconteceu dentro da emissora e jogar na sua rede social. Se for alguma situação inusitada, vale pedir para o público responder se também acontece isso na sua casa ou o que faria se passasse por aquela situação do vídeo.

É importante que você não tenha medo e entenda que sim, seu público está ali. Uma tática legal para sentir isso é estimular que sua audiência poste fotos ou tweets com determinada hashtag. Assim, você consegue rastrear quem está interagindo com sua emissora e responder ou até mesmo repostar imagens.

Ainda sobre o Twitter, a rede social tem sido muito utilizada pelas empresas para interação com clientes. Isso porque, ela permite respostas instantâneas e públicas. Se sua rádio cobre, por exemplo, o trânsito da sua cidade, você pode estimular que sua audiência compartilhe no Twitter informações sobre filas ou acidentes.

Ah, e não se esqueça: o sucesso de uma rede social está no compartilhamento e participação. Por isso, sempre crie conteúdos que estimulem seu público a enviarem para amigos ou comentem chamando mais pessoas a verem aquele determinado post.

Conteúdo sob demanda

Esse é um daqueles trunfos que toda emissora deveria pôr em prática, mas acaba se esquecendo. Criar sua programação, postagens em redes sociais, podcasts, lives, levando em conta o que seu público quer ver sendo feito pela sua emissora é meio caminho andado para aumentar a interação entre rádio e ouvintes.

Tenha sempre um espaço aberto para essas contribuições. Mas, mais do que apenas receber, aproveite, de fato, essas contribuições. Um formato interessante para rádios musicais é montar um programa apenas com “as pedidas do ouvinte”. Antes de reproduzir, o locutor informar o nome de quem pediu e qual a música.

Nas rádios jornalísticas, as contribuições dos ouvintes podem ser utilizadas para programas específicos se aprofundando no assunto trazido ou para responder a diferentes dúvidas.

Fora do tradicional, os podcasts são excelentes formatos para esse tipo de abordagem de conteúdos sob demanda.

Recompense as interações entre rádio e ouvintes

Já falamos um pouco neste texto sobre o concurso cultural. Tradicional no meio rádio, a participação de ouvintes em ações promocionais contando histórias é uma das formas mais efetivas de recompensar a audiência por suas interações. A rádio consegue tanto estimular a interação, como aproveitar ao máximo as histórias do seu público para transformar em formatos criativos de conteúdos.

Além do concurso cultural, existem outras formas de recompensar e premiar seus ouvintes por conta de interações. Algumas estratégias contundentes são:

  • música premiada, em que o ouvinte conta quantas vezes tocou determinada música ou cantor;
  • doação premiada, em que o ouvinte deve ir a algum estabelecimento comercial fazer doação de algo (roupa, alimento, etc) e recebe algum tipo de desconto ou prêmio.
  • Canal Vip de Conteúdos, em que os ouvintes que mais participarem da programação ganham acesso à programação com transmissões e conteúdos exclusivos. Também pode beneficiar essa audiência com sorteios especiais, camarote vip em eventos, etc.

Como você percebeu, existem diferentes alternativas para aumentar a interação entre rádio e ouvintes. O caminho para isso é pensar o engajamento como um foco da sua emissora, criando tipos de interações criativas para os variados canais que seu veículo possui. Além disso, é importante que sua equipe não tenha medo de inovar e abusar dos novos formatos de interação. O que importa é sempre estar atento ao que seu público espera e como atender aos seus anseios e gostos.

Fonte: Cadena Sistemas

Ativação do chip FM no celular e Programa Digitaliza Brasil estão em portarias do MCom

Em comemoração ao Dia Nacional das Comunicações, o Ministério das Comunicações (MCom) publicou, nesta quarta-feira (5), a Portaria nº 2523/2021, que dispõe sobre a recepção do serviço de rádio FM nos equipamentos de telefonia móvel e a Portaria nº 2524/2021, que institui o Programa Digitaliza Brasil.

Chip FM

De acordo com a portaria, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá adotar medidas para garantir que os telefones celulares que possuem as condições técnicas para o recebimento dos sinais do rádio FM saiam de fábrica com o chip FM ativado.

Desde 2014, a ABERT vem promovendo campanhas que estimulam o consumidor a escolher modelos de celulares que tenham o chip FM integrado. Em setembro de 2020, durante reunião do Conselho Superior da ABERT, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou seu compromisso em levar adiante esse antigo pleito das associações de radiodifusão.  “Estamos fazendo o rádio no celular”, afirmou Faria à época.

O presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, elogiou a iniciativa do MCom. “Milhões de brasileiros poderão ouvir gratuitamente a programação do rádio, sem o consumo do pacote de dados da internet. Esperamos que a Anatel regulamente, com sua usual capacidade técnica e celeridade, esta importante medida”.

Programa Digitaliza Brasil

A portaria publicada regulamenta a utilização do saldo de recursos remanescentes provenientes da licitação do Edital dos 700Mhz (4G), instituindo o “Programa Digitaliza Brasil”.

De acordo com o texto, o programa tem como principais objetivos concluir o processo de digitalização dos sinais da televisão analógica terrestre até 31 de dezembro de 2023 e ampliar o acesso ao serviço de TV digital terrestre nas localidades onde ainda não houve o desligamento do sinal analógico.

A prefeitura que demonstrar interesse na adesão ao programa poderá receber equipamentos para a digitalização dos sinais analógicos das estações retransmissoras de televisão, desde que o município tenha apenas acesso ao sinal analógico, sem qualquer sinal de TV digital terrestre. 

Serão distribuídos conversores de televisão digital terrestre a famílias integrantes do Cadastro Único, inclusive as beneficiárias do Programa Bolsa Família. 

Além de criar o Programa Digitaliza Brasil, a portaria também simplifica o processo de consignação de canais digitais às entidades que prestam o serviço de retransmissão de televisão em tecnologia analógica, garantindo a continuidade dos serviços em tecnologia digital.

“A portaria materializa um projeto discutido e acompanhado pela ABERT desde 2014. É de extrema importância para levar o sinal de TV digital a milhares de pequenas cidades que atualmente não estão assistidas com essa tecnologia, além de simplificar e desburocratizar o processo de consignação de canais, cuja celeridade é fundamental para a continuidade do processo de desligamento da TV analógica no país”, afirma o presidente da ABERT, Flavio Lara Resende.  

Para Lara Resende, esta é uma das maiores políticas públicas voltadas à radiodifusão brasileira. “O desafio é imenso, e esse trabalho, construído por muitas mãos e atores, deixará um legado para a comunicação social brasileira. Em tempos tão difíceis, este é um momento de comemorar e agradecer o árduo trabalho realizado pelo MCom e pela Anatel”, conclui.

Para acessar as portarias, clique AQUI e AQUI.

Fonte: Abert

MCom anuncia portarias que beneficiam radiodifusão brasileira

Ao comemorar a Semana Nacional das Comunicações, o ministro Fábio Faria apresentou, nesta terça-feira (4), um balanço das ações e programas adotados pelo MCom e a publicação de portarias que beneficiam o rádio e a TV aberta.

A obrigatoriedade de ativação do chip FM nos celulares produzidos e comercializados no Brasil, a continuidade do processo de migração do rádio AM para FM e a implementação do programa “Digitaliza Brasil” são algumas das novidades previstas nas portarias.

Antigo pleito da ABERT e das associações estaduais de radiodifusão, a ativação do chip FM nos celulares possibilitará que a programação das emissoras seja acompanhada pelo ouvinte nos aparelhos móveis, sem a necessidade de uso do pacote de dados de internet.

Já o programa “Digitaliza Brasil” permite a implementação do projeto de digitalização da TV em mais de 1,7 mil pequenos municípios brasileiros.

Durante a reunião que contou com a presença do presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, e do diretor geral da Associação, Cristiano Lobato Flores, o MCom fez ainda demonstrações de áudio imersivo.

Para Lara Resende, a portaria com diretrizes para a ativação do chip FM “materializa o compromisso assumido pelo ministro Fábio Faria com o rádio brasileiro, de disponibilizar ao ouvinte a programação das emissoras na palma da mão, com informação, cultura, serviços e entretenimento, de forma gratuita”.

O presidente da ABERT ressaltou, ainda, que o programa “Digitaliza Brasil” é “uma das maiores políticas públicas voltadas à radiodifusão brasileira, pois viabiliza a chegada da TV digital, com melhor qualidade de imagem e áudio, aos pequenos municípios do nosso ‘Brasil Profundo’”.

Fonte: Abert

5G na radiodifusão: desafios e oportunidades

Imagina uma pessoa baixando um filme em três segundos. Veículos autônomos, cidades inteligentes, telemedicina, ambientes de casa e do trabalho conectados totalmente à internet. Tudo combinado com big data e inteligência artificial. Essa realidade está próxima dos brasileiros com a chegada do 5G, o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga. O edital para o leilão, que definirá a empresa que ficará responsável pela implantação do 5G no país, já está sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União – TCU. A intenção do governo federal é promover o leilão em julho deste ano.

A expectativa do Ministério das Comunicações é que em julho do ano de 2022, a tecnologia já esteja disponível pelo menos nas capitais. O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, explica. “Pela primeira vez na história, vamos fazer um leilão que não é arrecadatório. Ou seja, as faixas das frequências terão preço mínimo fixado. Mas tudo aquilo que superar esse preço mínimo, em termos de lance, será convertido em novos investimentos. Com isso, conseguiremos garantir que todos os recursos privados permaneçam diretamente beneficiando a sociedade brasileira, porque todos esses compromissos que serão fixados a partir dos lances serão socialmente relevantes para cobrir localidades pequenas, cidades menores”.

Artur Coimbra informa que a previsão do governo federal é de que a cobertura do 5G ultrapasse a do 4G no país em apenas sete anos. “Estimamos que a tecnologia 5G ultrapasse a da 4G, em termos de popularidade e de presença, por volta de 2028. E, a partir dali, o 5G vai ser a tecnologia dominante no Brasil”.

E para a radiodifusão, quais são os desafios e oportunidades com o 5G?

O primeiro desafio é técnico. A TV aberta via satélite ocupa o espectro da chamada Banda C, que foi liberada pela Anatel para o 5G. Isso significa que milhões de brasileiros que assistem a tv aberta por antenas parabólicas seriam prejudicados com interferências. A solução encontrada pela Anatel é a migração para outra banda, chamada KU. Como informa o engenheiro Luiz Abrahão, diretor de Tecnologia da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – ABERT. “Dados da PNAD 2018, do IBGE, apontam que mais de 20 milhões de lares brasileiros têm nas parabólicas a possiblidade de receber a programação gratuita que somente a tv aberta oferece. Recentemente, a Anatel aprovou por unanimidade de seu colegiado a única solução que se demonstrou tecnicamente viável, eficiente e alinhada com o cenário internacional de utilização do espectro. A migração dos sinais de tv para a banda KU, medida defendida pelo setor de radiodifusão, foi a solução capaz de garantir a continuidade segura deste serviço fundamental para a população e a chegada e desenvolvimento do 5G no país”.

Para o diretor-geral da DITEC, empresa do Grupo SCC, Fernando Gomes de Oliveira, o 5G é uma grande oportunidade para todo o processo de produção e distribuição de conteúdo. “Tem o potencial de mudar completamente o fluxo do audiovisual, desde a sua captura, passando pela produção, inclusão de serviços, distribuição, interatividade, consumo e imersão, proporcionando uma experiência completamente diferente ao telespectador. Caberá a nós, profissionais da área, sermos criativos no uso dessa nova possibilidade e fortalecer ainda mais a posição da radiodifusão”.

O vice-presidente de Inovação e Competitividade da ACAERT, Roberto Dimas do Amaral, acredita que a nova tecnologia obrigará, mais uma vez, o rádio e a tv a se reinventarem. “Teremos a possibilidade de transmissão dos sinais da tv e do rádio pelo 5G, que terá mais qualidade. Vai dar para fazer transmissões ao vivo de qualquer lugar numa qualidade superior. Pode-se ter outras possibilidades, como alguma questão de vídeo, de conteúdo, de youtube. A radiodifusão vai ter que se reinventar, como sempre se reinventou”.

O consultor e professor Fernando Morgado vai mais além nas previsões. A nova tecnologia vai aprofundar a chamada internet das coisas, com os aparelhos de casa e do trabalho conectados à internet. “E com mais aparelhos conectados, mais espaços na rotina de audiência podem ser conquistados pelas produtoras de conteúdo, como as emissoras de rádio e de televisão aberta. Enfim, todos aqueles que produzem conteúdo de qualidade e profissional podem conquistar novos espaços na rotina do público porque mais aparelhos estarão conectados”. Morgado completa. “Agora, é fundamental que as emissoras também repensem a forma como produzem, embalam e difundem esses conteúdos. Para que, de fato, consumir tudo isso se torne ainda mais confortável e atraente no momento em que a concorrência cresce de maneira exponencial”.

Para o jornalista Daniel Starck, do portal TudoRádio.com, um dos desafios da radiodifusão é ampliar a relevância nos aplicativos. “As possibilidades são inúmeras para a radiodifusão. Desde o consumo de mídia, na entrega. As emissoras vão ganhar importância nos aplicativos, no streaming, que é a base de tudo, onde se propafa o conteúdo linear. Vai aumentar possivelmente em consumo, que terá que ser fácil, apresentável e em todos os lugares. Muito muda no dia-a-dia da rádio, inclusive para ela gerar esse conteúdo. Poder utilizar mais inteligência artificial e melhorar seus processos”.

Fonte: Acaert

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