Rádio amplia significativamente o alcance de campanhas feitas em serviços de streaming de áudio

O rádio AM / FM é um amplificador importante de qualquer campanha publicitária, devido ao seu grande alcance entre a população. E um relatório feito pela Westwood One destacou como o meio pode ser fundamental em anúncios veiculados em plataformas de streaming de audio, como o Spotify, Pandora (EUA), entre outros. Com base no Share of Ear da Edison Research, mostra a audiência combinada de rádio AM / FM e Pandora em um dia normal, com 85 % ouvindo AM / FM e nunca Pandora, enquanto para a audiência combinada de AM / FM e Spotify, esse número é de 83%.

"Alguns anunciantes compram no Spotify e no Pandora e declaram: 'A caixa de áudio está marcada’. Não tão rápido", diz Brittany Faison, gerente do Westwood One Insights. Ou seja, ela quer dizer que ao procurar uma alternativa de anúncio em áudio, ao anunciar nos serviços de streaming como o Spotify, o planejamento de marketing desconsidera as demais opções, como o rádio. E isso é um erro grave para uma campanha publicitária. “Mais pessoas ouvem rádio AM / FM e não Pandora, Spotify ou SiriusXM", destaca a executiva.

A análise foi feita pela Westwood One e publicada no blog "Everyone's Listening". Ela combinou a audiência de plataformas como o rádio AM/FM, Spotify, Pandora (serviço de streaming concorrente que está disponível apenas nos EUA) e o SiriusXM (canais de áudio via-satélite, também disponível apenas na América do Norte). Enquanto boa parte das pessoas ouvem só rádio AM/FM, o veículo também tem boa penetração entre os usuários desses serviços: mais da metade da audiência de Pandora ou Spotify também ouve rádio AM-FM.

Esse panorama significa que uma compra de anúncio em estações de rádio AM e FM atinge metade da audiência que utiliza qualquer plataforma de áudio que possua anúncios. Se combinar a campanha entre o rádio e qualquer outra plataforma de áudio, a tendência é de que o veículo seja o motor impulsionador principal, devido ao seu alcance, reforçando também a necessidade de planejamentos omnichannel.

A maioria das pessoas ouvem rádio AM/FM

No universo combinado entre Spotify e Rádio AM/FM, 83% declaram ouvir apenas emissoras de rádio AM/FM, enquanto 9% ouvem ambos e 8% apenas o serviço de streaming, segundo a pesquisa realizada pela Edison Research, números similares à combinação Pandora. O levantamento não considera os serviços de assinatura, quando não há entrega de anúncios, pois o foco do relatório é a estratégia publicitária nos canais de áudio.

Brittany também utiliza números da Nielsen para reforçar a sua análise e destaca o peso do alcance do rádio nas estratégias publicitárias. "Como o público do Pandora e do Spotify é tão pequeno, é muito difícil aumentar o alcance em suas plataformas (…) Mesmo com o aumento do investimento, alcance linhas planas de crescimento no Pandora e no Spotify. Enquanto isso, conforme o investimento em rádio AM / FM aumenta, o alcance cresce e cresce", diz a analista. 

Os números da Nielsen Media Impact usados na análise mostram que ao aumentar a compra de anúncios com foco no público adulto de 18 a 49 anos no Pandora e no Spotify o resultado gera pouco crescimento no alcance, enquanto os mesmos níveis de investimento em AM / FM geram o triplo do alcance. 

Segundo a reportagem do portal norte-americano Inside Radio sobre o tema, um dos pontos fortes da análise é a descoberta do Share of Ear sobre os locais predominantes de escuta para cada plataforma de áudio. A pesquisa mostra que 71% do tempo gasto pela audiência em serviços como Pandora e Spotify ocorre nas residências. Já o rádio AM/FM tem seu ponto forte no deslocamento, seja no local de trabalho, carro e até no caminho da compra, o que é um valor fundamental para as estratégias publicitárias. Neste caso, considerado o mercado dos EUA, o “fora de casa” representa 61% das escutas de rádio.

E o alcance do rádio pode ser impulsionado em dispositivos puramente digitais. Neste caso se considera apenas o streaming de áudio ao vivo das estações AM/FM executados em smart speakers (como Amazon Alexa, Google Home, Apple Home Pod, entre outros). A Edison mostra que 39% do tempo gasto com áudio nesses aparelhos é com as emissoras de rádio AM/FM, contra 27% do Pandora, 9% de canais da SiriusXM e 8% para o Spotify. Os podcasts representam 17% nesses dispositivos.

Já no share entre todas as plataformas de áudio que suportam anúncios, o rádio fica com 70%, contra Pandora, SiriusXM e 8%, 4% e 3% do Spotify, respectivamente, considerando o público entre 25 a 54 anos. Já nos carros, o share do rádio amplia ainda mais, com 90% para o meio, contra 6% do SiriusXM, 2% do Pandora e 1% Spotify (1%).

Os dados são relacionados ao mercado dos Estados Unidos, com comparativos que consideram levantamentos até o primeiro quadrimestre de 2021.

As principais conclusões do relatório da Westwood One são:

> Adicionar rádio AM / FM ao Pandora ou Spotify gera um grande aumento no alcance de campanhas publicitárias.
> A maior parte da escuta do Spotify / Pandora ocorre em casa, enquanto a maior parte da escuta de rádio AM / FM ocorre fora de casa
> O rádio AM / FM é a plataforma de áudio suportada por anúncios mais ouvida em smart speakers, uma tendência consistente nos últimos anos.
> A trajetória de audiência do podcasting continua a subir, enquanto o rádio AM / FM continua sendo o líder indiscutível em áudio com suporte de publicidade
> À medida que os Estados Unidos voltam à estrada, a parcela de áudio suportado por anúncios do rádio AM / FM no carro permanece em 87%

Com informações da Westwood One, Edison Research, Nielsen Media e portal Inside Radio

 Fonte: Tudo Rádio

Qual o papel do rádio no combate à desinformação?

Recentemente, o repórter internacional e colunista do New York Times, Max Fisher publicou o artigo intitulado “O pertencimento é mais importante do que a verdade: a era da desinformação”, com reflexões relevantes para o momento que a sociedade mundial vive e, em especial, para jornalistas e veículos de comunicação.  

Na publicação, Max Fisher cita três aspectos principais:

1 - A necessidade de endoagrupamento, ou seja, a crença de que o grupo social com o qual se identifica é superior a outros e que os outros são culpados pelos problemas.  Em tempos de conflitos evidentes ou mudanças sociais, buscamos segurança em grupos. E isso nos deixa vorazes por informações, verdadeiras ou não, que nos permitem ver o mundo como um conflito que opõe nosso virtuoso endogrupo com um nefasto exogrupo.
2 - A emergência de figuras no alto escalão da política, que encorajam seus seguidores a se entregar a um desejo por desinformação que afirme uma identidade. 
3 - Crescimento das plataformas de redes sociais que são poderosas para autores de mentiras, vetores de difusão de desinformação em sua essência e multiplicadoras de outros fatores de risco.  

Levando em consideração as análises de Fisher quais seriam as oportunidades para o rádio? Primeiramente, como um veículo essencial, não apenas neste período de pandemia, o rádio tem o maior potencial de relacionamento graças a proximidade que apresentadores e jornalistas conseguem criar com o ouvinte. Esta possibilita a criação de uma rede social, no sentido mais profundo da palavra, ou seja, uma união de pessoas com pensamentos afins. Graças a alta homofilia (termo que significa a tendência do ser humano se associar a pessoas semelhantes a elas) criada, automaticamente é construído um vínculo de confiança entre apresentadores e ouvintes.

Quando a confiança já está estabelecida, cabe ao rádio oferecer ao seu ouvinte conteúdo local de qualidade, corretamente checado, para assim mantê-la. É exatamente neste ponto que o rádio tem grandes oportunidades. “Claro que as informações nacionais são fundamentais, mas elas não podem ser trazidas desconectadas de uma realidade próxima. Acredito que as emissoras podem olhar para o que acontece na sua região e tentar coordenar essas experiências de verificação nacionais com a realidade regional”, defende Debora Cristina Lopez, pesquisadora da Universidade Federal de Ouro Preto.    

Na reportagem Conteúdo Local: identidade, precisão e confiança, publicada na Revista Sintonize, edição 2020, o jornalista, escritor e professor de rádio da UFRGS, Luiz Artur Ferraretto disse a época que o rádio presta um serviço fundamental no sentido da apuração 

e esclarecimento, especialmente na escala regional, onde não há atuação e alcance das agências de checagem e veículos de abrangência nacional. “Apesar da abrangência física e digital cada vez mais ampla, o que dá audiência e interação é a proximidade, e quem paga as contas é o anunciante local”, afirmou. 

Mas para combater a desinformação cabe aos jornalistas das emissoras de rádio realizar a checagem das informações e criar os caminhos de checagem. “Sabemos que a comunicação não é a prova de erro, por mais que a gente faça uma série de caminhos, precisamos diversificar fontes, buscar documentação e cruzar o que as fontes dizem. Mas de nada adianta fazer a verificação do que está sendo dito a nível nacional sem pensar no que interessa e afeta o cotidiano do público para quem se fala, principalmente quando se trata de emissoras do interior”, salienta Debora. 

Além disto, ela sugere a escuta ativa da sociedade na qual a emissora está inserida e cita um projeto desenvolvido no Rio Grande do Sul. “A Universidade Federal de Santa Maria conta com uma web radio conduzida por alunos, que merece destaque pela sua atuação. Durante a pandemia, em 2020, eles fizeram um trabalho de verificação de informações que estavam circulando na região. Eles realmente escutaram o que as pessoas estavam falando na rua e verificavam essas informações, das mais simples às mais complexas. Este trabalho afetou efetivamente a comunidade regional porque trabalhavam com fatos que atingiam aquele público, acredito que este seja o papel local do rádio”, detalhou.

Agências de checagem

Além da construção de uma ampla base de fontes, as informações também podem ser checadas em agências, confira algumas delas. 

Lupa

Pioneira do fact-checking no Brasil, a agência Lupa foi criada por Cristina Tardáguila, e acompanha o noticiário de política, economia, cidades, cultura, educação, saúde e relações internacionais. Também integra o IFCN e é a única plataforma brasileira a fazer parte do consórcio mundial de checagem The Trust Project

Boatos.org

Criado em 2013 pelo jornalista Edgard Matsuki, o Boatos.org destrincha as histórias que viralizam na rede. Recebeu algo pelo whats e não tem certeza se aquilo faz sentido ou tem base real? Provavelmente Matsuki e sua equipe já tem a resposta, inclusive com a origem dos boatos.

E-farsas

Um dos mais antigos entre os portais de checagem (2002), o E-farsas desmistifica histórias mal contadas na internet e ainda entrevista especialistas para endossar as contradições do que, na maioria das vezes se trata de boato. O fundador, Gilmar Henrique Lopes chegou a ‘encaixar’ o trabalho no programa “Você é Curioso”, da Rádio Bandeirantes.

Estadão Verifica

No formato de blog, o Estadão Verifica é editado pelos próprios repórteres do jornal. A iniciativa integra o International Fact-Checking Network (IFCN) e virou parceira formal do programa de checagem de fatos do Facebook no Brasil.

Fato ou Fake

Lançada em 2018 pelo portal de notícias G1, o Fato ou Fake é um consórcio formado pelos veículos da Rede Globo de Comunicação (G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo) com intuito de esclarecer tanto as próprias informações, quando questionadas, como conteúdos duvidoso espalhados na internet.

Aos Fatos

Fundado pelos jornalistas Tai Nalon e Rômulo Collopy, Aos Fatos é mais focado em declarações de políticos e autoridades de expressão nacional, com base no Rio de Janeiro e em São Paulo. Verificam se alegações de autoridades sobre temas de maior importância são verdadeiras ou não, distorcidas, exageradas ou omitem informações relevantes.

Truco

Projeto de checagem da Agência Pública, de jornalismo investigativo. O truco foca na apuração de declarações de autoridades, especialmente em época de campanha eleitoral. Mas também checa declarações feitas em eventos públicos, entrevistas e redes sociais.

ChecaZap

O Checa Zap tem foco total no aplicativo Whatsapp, mas também atua com o Twitter e Facebook. Encabeçado por estudantes e jovens periféricos de São Paulo (Escola Énois) e do Rio de Janeiro (data_labe), promove a checagem semanal de fatos e boatos que podem impactar no processo eleitoral. Trabalham em parceria com a página Quebrando o Tabu no Facebook, Huffpost Brasil e por meio de boletins semanais na rádio CBN.

Uol Confere

A iniciativa do UOL tem um viés menos abrangente e mais profundo. O serviço, lançado em 2007, conta com jornalistas que não apenas confirmam ou desmentem histórias e declarações, mas também contextualizam os fatos com dados, números e desdobramentos.

Por Giovana Massetto - Texto veiculado pela equipe de comunicação da AERP (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná), publicado no portal da associação e republicado no tudoradio.com - Link original: clique aqui para acessar.

Fonte: tudoradio.com / Jornalismo AERP

Consumidores mais otimistas com o pós-pandemia levam o rádio junto em suas rotinas

Uma análise realizada pela Westwood One, com base em um estudo em andamento feito pela Nielsen, mostra que a retomada da normalidade num período pós-pandêmico poderá ser positiva para o rádio. Segundo o relatório, os consumidores deverão retomar os seus deslocamentos, mantendo o rádio nessa rotina. E isso é ainda mais claro no grupo de pessoas que estão mais otimistas com o retorno à normalidade. Outro ponto de destaque é a propensão desse grupo para gastos com viagens, restaurantes, automóveis, entre outros segmentos. Os dados são relacionados aos Estados Unidos, país que vive um possível estágio mais avançado do pós-pandemia da covid-19.

Os dados são relacionados aos últimos estudos de opinião do consumidor, realizado pela Nielsen desde o ano passado. O levantamento divide os entrevistados em três segmentos com base em sua percepção sobre a reabertura econômica. São eles:  "espere para ver", "prossiga com cautela" e "pronto para ir". 

Com base no estudo mais recente, realizado em março passado com mais de 1 mil consumidores, seis em cada dez entrevistados responderam que estão “prontos para começar”, totalizando 61% dos consumidores pesquisados. Para se ter uma ideia, há quase 1 ano (abril de 2020) esse percentual estava em 34%. Mais de nove em cada dez (95%) desse segmento concordam que as pessoas estão começando a retomar as atividades normais, com 92% apontam positivamente para a reabertura de lojas e 90% veem suas cidades saindo da crise.

Segundo a análise da Westwood One, os resultados da Nielsen mostram que os consumidores concentrados no segmento “pronto para ir” são mais propensos a ouvir rádio AM / FM em um dia normal, em comparação com qualquer um dos outros dois grupos mais hesitantes. 

"No segmento 'pronto para ir', os anunciantes podem encontrar um grupo de consumidores desejáveis que supera os índices de ter filhos de 2 a 11 anos (117), ter uma renda anual de US $100.000 + (113) e trabalhar fora de casa (114). Os consumidores 'prontos para ir' também tendem a ser ouvintes de rádio AM / FM. Em comparação com a média, os consumidores 'prontos para ir' têm 5% mais chances de ouvir rádio AM / FM em um dia normal", destaca a análise feita pela Westwood One.

Outro ponto de destaque tem relação ao perfil de consumo desse grupo "pronto para ir". Segundo o levantamento, à medida que as restrições diminuem, as pessoas estão ansiosas para sair de suas cidades. Ou seja, há uma grande propensão com gastos com viagens aéreas, reservas de hotéis, compra de carros e jantares fora. 

De acordo com o estudo de consumo da Nielsen, 24% dos ouvintes intensos de rádio AM / FM pretendem planejar ou reservar férias dentro de um mês após a covid-19 diminuir em sua região, ou seja 41% a mais do que os telespectadores intensos. Os ouvintes de podcast são ainda mais prováveis, com 33% afirmando que pretendem planejar ou fazer uma reserva em um mês, segundo a análise da Westwood One, com base nos dados da Nielsen.

Outro ponto importante para os anunciantes: mais ouvintes de rádio AM / FM (17%) e ouvintes de podcast (13%) pretendem viajar de avião dentro de um mês após a atenuação das restrições da pandemia, em comparação com apenas 5% dos telespectadores assíduos.

Ouvintes de podcast e ouvintes intensos de rádio AM / FM são 57% mais propensos a gastar mais em reservas de hotel em um mês após a flexibilização das restrições, isso em relação ao consumidor médio, segundo a análise.

A análise ainda destaca que os ouvintes de podcast (+ 43%) e ouvintes de rádio AM / FM (+ 18%) têm maior probabilidade de fazer uma compra ou aluguel de automóveis nos próximos 12 meses. E esses dois grupos também são mais propensos a jantar fora. 63% dos ouvintes intensos de rádio AM / FM e 54% dos ouvintes de podcast pretendem jantar fora dentro de um mês após a flexibilização das restrições da pandemia.

"Com uma marca mais forte e uma mudança no orçamento para rádio AM / FM e podcasts, anunciantes de viagens, companhias aéreas, hotéis, concessionárias de automóveis e restaurantes podem se recuperar estrategicamente da pandemia" afirma Lauren Vetrano, diretora de marketing de conteúdo da Cumulus Media, ligada à Westwood One, em entrevista ao portal norte-americano Inside Radio."Embora a turbulência do ano passado tenha confundido muitos setores, o ressurgimento é uma chance para os anunciantes otimizarem seus orçamentos de publicidade e se concentrarem em maneiras de alcançar consumidores que estão prontos para gastar", declara Vetrano.

Com informações do blog da Westwood One, Nielsen e portal Inside Radio

Fonte: TudoRádio

Rádio e celular, a combinação perfeita

Na nossa cultura popular, existem combinações perfeitas e, muitas vezes, uma não vive sem a outra. Do arroz com feijão, do queijo com goiabada, do Chitãozinho com Xororó e, até no futebol, o clássico Grenal. No mundo do consumo de mídia, também temos combinações perfeitas e uma delas é o rádio com o celular.

O rádio sempre foi mobile, acompanhava a geração dos anos 1950 ao pé do ouvido nos estádios de futebol, nos anos 1980 virou febre nos walkmans e, em 2000, com o senso estético de Steve Jobs e o design da Apple, o iPod veio para dar mais charme e solidificar o comportamento do consumo de áudio em movimento.

Em pesquisa recente do Kantar Ibope Media, 78% dos brasileiros ouvem rádio. Desses, 3 em cada 5 escutam rádio todos os dias e passam 4 horas e 41 minutos diariamente consumindo o meio. O aparelho ainda tem a maior participação, pois 81% consomem o meio através do modelo tradicional, que inclui o rádio do carro, 3% ouvem pelo computador, 4% em outros equipamentos, mas o futuro está no celular, com 23% de share.

Os celulares de ontem são os smartphones de hoje, computadores na palma da mão com recursos para fotografar, acessar e-mails, bancos, redes sociais, documentos e até fazer uma ligação, se necessário. Pesquisa da FGV aponta mais de um smartphone por habitante no Brasil. Ao todo, são 234 milhões aparelhos.

Essa revolução tecnológica possibilitou mais acesso e, consequentemente, mais consumo de dados, mas, o se o rádio é de graça, por que eu teria que gastar meu pacote de dados para ouvir minha emissora favorita? No Brasil, ainda temos 113,5 milhões de celulares pré-pagos.

Em maio deste ano, o Ministério das Comunicações assinou portaria sobre FM nos celulares, um desejo antigo do setor de radiodifusão. Cerca de 90% dos celulares do Brasil têm rádio, mas, em grande parte, o recurso não está ativado. Com a portaria, o sinal liberado no celular vai chegar a quem vive nas zonas mais remotas, sem necessidade de conexão ou consumo da franquia de dados.

Vale lembrar que somos um país com dimensões continentais e o acesso à banda larga no Brasil ainda está longe de se tornar realidade. Um dado da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) aponta que cerca da metade da população brasileira temacesso à internet e que a desigualdade digital é grande. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) mostra que o Brasil está em 74a. posição no ranking mundial de conectividade.

A regulamentação ficará a cargo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e assegurará a recepção FM nos smartphones como já acontece em vários países. O que fará com que o rádio continue sendo o meio mais rápido e próximo da população brasileira.

Se é bom para ouvinte, é bom para emissora, é bom para o anunciante. Agora, o Seu Farias, lá de Santana do Livramento, na Campanha Gaúcha, vai poder ouvir o Grenal, no seu smartphone, sem gastar seu pacote de dados.

Artigo de Leonardo Lazzarotto, CEO da
Tailor Media, publicado no portal ProXXIma

Fonte: ABRATEL

Empresa voltada a streaming lança novo player que colabora com a monetização das rádios e podcasts no streaming

Com o objetivo de facilitar a monetização das rádios e podcasts no streaming, a Mediastream disponibilizou uma nova versão do audio player da sua plataforma que melhora a entrega de conteúdo para as emissoras de rádio, produtores de podcasts e permite a inserção dinâmica de anúncios publicitários, potencializando a monetização para crescimento sustentado no mercado de streaming. O novo recurso já se apresenta disponível e emissoras internacionais já vêm se utilizando do novo player.

Voltada a fornecer soluções para a gestão e distribuição de conteúdo via streaming, a Mediastream já colocou entre seus serviços oferecidos um novo áudio player para web e mobile, o qual pode ser utilizado como um site 100% independente, totalmente administrável a partir da plataforma Mediastream. O novo recurso oferece diversas funcionalidades para a gestão da entrega de conteúdo e proporciona uma melhor experiência de consumo de áudio.

"O áudio vem ganhando protagonismo nos últimos anos no mercado de streaming a partir dos avanços de novas tecnologias que facilitam a entrega de conteúdo em todas as plataformas digitais. O nosso player chega com as mais modernas capacidades para reforçar a estratégia das emissoras de rádio e produtores de conteúdo em um mercado em amplo crescimento e com grandes desafios para garantir a monetização. A capacidade do player em permitir a inserção dinâmica de anúncios é uma das principais caracteristicas", afirma Marco Lopes, diretor da Mediastream.

O novo Audio Player é integrado à Mediastream Audio Platform, que oferece uma série de recursos para que os radiodifusores e produtores de conteúdo possam crescer no streaming. O Audio Player pode ser conhecido em operação diretamente nos links de radios: https://www.tele13radio.cl/https://rpp.pe/audio/en-vivo e https://www.horizonte.cl/.

Kantar detalha comportamento do rádio durante pandemia

“O rádio sempre foi companheiro dos ouvintes e, na pandemia, essa relação ficou mais intensa. Ele está relacionado à confiança na marca da emissora e no comunicador, transmite credibilidade e é muito importante na tomada de decisões”. A opinião é da diretora de Desenvolvimento de Negócios da Kantar IBOPE Media, Adriana Fávaro, convidada do evento virtual AESP Talks, realizado no último dia 19.

Durante sua participação, ela detalhou informações obtidas pelo estudo “Inside Advertising”, divulgado recentemente pela empresa. Em 2020, destacou, o comportamento do ouvinte de rádio passou por diversas transformações: logo que souberam da existência do novo coronavírus, as emissoras registraram uma maior busca por notícias. Conforme a crise ganhava espaço, a informação deu lugar ao interesse por entretenimento e companhia. “O rádio soube estar presente em toda a jornada do consumidor”, elogiou.

A profunda interação com a comunidade também foi um ponto positivo do meio durante a crise sanitária. Segundo a executiva da Kantar, o rádio é o melhor instrumento para mapear as necessidades e os anseios de cada região. “Quando um anunciante decide veicular seu negócio em uma emissora, não leva em conta só a audiência. Quer também associar sua imagem à marca construída, à credibilidade, à capilaridade”, avaliou.

Apesar de sofrer retração após o surgimento da pandemia de COVID-19, o mercado publicitário voltou a se movimentar no fim de 2020. Em 2021, diante da chamada “segunda onda”, as oscilações registradas no segmento de mídia publicitária foram bem menores, e marcas fortes sofreram menos, além de se recuperarem nove vezes mais rápido do que as demais.

A conversa teve participação do presidente da Associação das Emissoras Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), Rodrigo Neves, e mediação do radiodifusor Marco Moretto.

Fonte: Abert

Anatel divulga consulta pública que altera canais de TV e FM

Até o dia 30 de maio, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) receberá contribuições sobre a proposta de Alteração nos Planos Básicos de Distribuição de Canais de Radiodifusão.

O texto completo da Consulta Pública nº 26 está disponível desde o dia 21/05. As sugestões fundamentadas e devidamente identificadas devem ser encaminhadas por meio do formulário eletrônico do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública (SACP).

Confira a lista dos canais disponíveis por estado e município: https://bit.ly/2QCB1XU.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Abratel

Lei do SeAC pode mudar para incluir obrigação de carregamento de retransmissoras de TV

À medida em que se analisam as emendas apresentadas à MP 1.018/2020, que trata da desoneração do Fistel para estações VSAT, mais "jabutis" aparecem, ou seja, alterações em regras que não têm relação com o objeto da Medida Provisória. E um deles tem um impacto significativo para as operadoras de TV por assinatura. O texto aprovado pela Câmara muda sensivelmente o escopo dos canais obrigatórios que precisam ser carregados pelas operadoras de TV paga. Isso porque uma das emendas altera a Lei 12.485/2011 (Lei do SeAC) e passa a enquadrar retransmissoras de TV, e não apenas geradoras, entre os radiodifusores que podem exigir o carregamento de seus sinais pelas operadoras do Serviço de Acesso Condicionado (TV por assinatura). A diferença entre geradoras é que estas são concessões de TV e podem produzir programação própria e vender comerciais. Já as retransmissoras, como o próprio nome diz, apenas retransmitem os sinais de geradoras, sem conteúdo próprio (exceto na Amazônia Legal).

Atualmente, a regra da Lei do SeAC prevê que as geradoras analógicas devem ser carregadas nas praças em que operam. No caso de já estarem digitalizadas, elas podem negociar um valor pela distribuição ou, não havendo acordo, podem exigir o carregamento gratuito. Caso haja alguma limitação técnica, cabe à Anatel decidir o que fazer. Para as operadoras que usam o cabo como tecnologia de distribuição essa regra nunca foi problemática porque como a operação é local, basta levar os sinais das geradoras daquela cidade. Mas para as que operam DTH seria impossível, pois são mais de 800 geradoras nacionalmente. Por isso a Anatel estabeleceu uma regra na Resolução 581/2018, que prevê um limitador: só devem ser carregados aquelas geradoras "pertencente a um conjunto de estações, sejam geradoras locais ou retransmissoras, e caracterizado pela presença em todas as regiões geopolíticas do país, pelo alcance de, ao menos, um terço da população brasileira e pelo provimento da maior parte da programação por uma das estações para as demais". Existem 16 geradoras nessas condições, que são chamadas de "redes nacionais" (apesar desse termo não ter uma definição jurídica).

O que a mudança trazida na MP do Fistel faz é alterar a Lei do SeAC para que as "as retransmissoras (…) pertencentes a um conjunto de estações, sejam geradoras locais ou retransmissoras, com presença em todas as regiões geopolíticas do país, e pelo alcance de, ao menos, um terço da população brasileira com o provimento da maior parte da programação por uma das estações" tenham o mesmo tratamento legal das geradoras locais.

Na prática, o efeito é multiplicador da quantidade de emissoras que poderiam pleitear esse direito junto às empresas de TV paga. Empresas de radiodifusão que hoje operam apenas como retransmissoras poderão reclamar um lugar à mesa com as operadoras de cabo e DTH para negociar a sua distribuição e, não havendo acordo, poderão exigir o carregamento gratuito.

As operadoras de TV paga poderão alegar impossibilidade técnica e o assunto será jogado para a Anatel, que provavelmente usará a regra já existente: exigir a distribuição apenas das 16 redes nacionais. Mas as emissoras ganham poder de barganha e, mais importante, ganham carregamento gratuito caso não haja acordo comercial. Hoje, algumas operadoras de TV a cabo cobram para distribuir retransmissoras de TV quando elas não se enquadram nas previsões legais.

Para as operadoras de DTH as implicações devem ser menores porque elas já são obrigadas a pedir uma exceção por conta das limitações técnicas e já seguem a regra das 16 redes nacionais. Mas para as operadoras de cabo o cenário será novo e de negociação complexa.

O paradoxo é que esta ampliação de obrigações decorrente da mudança na Lei do SeAC surge justamente em um momento em que a Anatel tem defendido uma desoneração regulatória dos serviços de TV por assinatura para torná-los mais competitivos em relação aos serviços de streaming.

As 16 "redes nacionais" definidas pela Anatel em regulamentação são: 

  • ·Band
  • ·Canção Nova
  • ·Globo
  • ·Ideal TV
  • ·Rádio e TV Aparecida
  • ·Record
  • ·Record News
  • ·Rede Brasil de Televisão
  • ·Rede Internacional de Televisão
  • ·Rede CNT
  • ·Rede RBI
  • ·Rede TV!
  • ·Rede Vida
  • ·SBT
  • ·TV Cultura
  • ·TVCI

Para as operadoras de TV paga, o tema é delicado e potencialmente ruim, mas está sendo ponderado no contexto dos benefícios que a MP do Fistel também está trazendo ao setor: liberar os serviços de vídeo-sob-demanda (VoD) do pagamento da Condecine-Título. Mas há quem avalie que a uma obrigatoriedade de carregamento de canais não pode ser criada para outorgas já estabelecidas, e uma judicialização é provável caso a MP 1.018 venha mesmo com estas alterações. Lembrando que ela foi aprovada na Câmara mas ainda depende de aprovação no Senado.

Fonte: Tela Viva

eMarketer prevê crescimento de dois dígitos em publicidade no rádio

Com as atividades econômica e social se aproximando de uma certa normalidade conforme a pandemia da covid-19 é superada nos Estados Unidos, institutos de pesquisas apontam projeções positivas na retomada dos investimentos de publicidade. E o rádio em seu formato tradicional também participa dessa recuperação, inclusive com certo destaque. Segundo a eMarketer, é aguardado um avanço de 12% em volume publicitário para as estações AM/FM dos Estados Unidos, crescimento este que não será algo exclusivo para 2021. Acompanhe:

Serão cerca de US $11,21 bilhões investidos nas rádios norte-americanas, resultando num avanço de 12% em 2020. E, para o ano seguinte, o crescimento também é expressivo: a eMarketer projeta mais 6%, totalizando US $12 bilhões de investimento publicitário no meio rádio dos Estados Unidos.

"Eu conheço muitas pessoas que fingem que o rádio tradicional não existe ou é uma coisa do passado, mas está muito vivo e bem e a maioria dos americanos ouve rádio tradicional com frequência", afirmou Peter Vahle, analista de previsões da eMarketer, em apresentação dos dados obtidos pela empresa.

Em um conteúdo de podcast da eMarketer, Peter também fez outros destaques sobre o rádio. Segundo o analista, o conteúdo "casual" e "passivo" oferecido pelas estações ajudou a garantir seu domínio contínuo, mesmo com o surgimento de novas alternativas de streaming. Em sua fala, Vahle prevê que a transmissão de rádio via ondas continuará sendo o formato de áudio mais ouvido em um futuro próximo.

A eMarketer destaca que o rádio norte-americano acompanha a tendência de recuperação de gastos com publicidade. Segundo o analista Ethan Cramer-Flood a "demanda reprimida por publicidade tradicional" é um dos motivos pelos quais a empresa prevê que o total de gastos com publicidade em mídia global chegará a US $747,67 bilhões em 2020 (avanço de 15%).

Ethan afirma que "os gastos com publicidade tradicional crescerão este ano". A eMarketer prevê que os gastos globais com publicidade tradicional aumentarão 7,6% este ano. "Os US $20,63 bilhões adicionais em gastos com publicidade tradicional ajudarão a impulsionar a reaceleração geral", afirma o analista.

On ou off? Mercado pode avançar nas duas frentes

Vale lembrar que a própria eMarketer também prevê que os gastos com anúncios em áudio digital devem crescer 16% em 2021, algo que também beneficia diretamente o mercado de rádio, já que este contempla qualquer iniciativa do meio que seja streaming ou podcasts.

O quadro do avanço no digital colabora com as análises da Nielsen. Segundo a empresa, a receita digital de rádios locais pode avançar 9,7% em 2021, isso sem contar o crescimento no off-line que também é apontado nessas análises.

Conforme destacado pelo tudoradio.com, é fato que a receita de publicidade digital para as emissoras de rádio ainda está em um patamar bem abaixo do que é faturado no modelo tradicional, via ondas terrestres (FM ou AM). O mesmo ocorre com a parcela de audiência concentrada entre os ambientes off-line e on-line, porém nos dois casos, a previsão desde 2020 é positiva para quem trabalhar seus canais digitais, sendo um complemento importante de suas atividades. No período agudo da pandemia nos EUA, alguns grupos de rádios melhoraram os seus balanços na crise devido à receita vinda do on-line.

Já para países como o Brasil, perspectivas mais otimistas podem surgir a partir do segundo semestre deste ano, caso o processo de vacinação da população evolua, possibilitando uma abertura real da economia, influenciando diretamente no varejo (fundamental para o rádio local brasileiro). Seja aqui ou nos Estados Unidos, executivos da indústria de rádio já apontavam a vacinação contra a covid-19 como peça chave na recuperação econômica.

Com informações da eMarketer, portal Inside Radio e Nielsen

Fonte: Tudo Rádio

TV digital chegará a 100% dos lares brasileiros até 2023

Contagem regressiva para o fim das transmissões analógicas de TV aberta no Brasil. Até 2023, o governo espera concluir a implementação da TV digital, como previsto no cronograma do Ministério das Comunicações (MCom).

A ação, que dá sequência ao processo iniciado em 2014, deve liberar a frequência atualmente utilizada pelos canais de TV para a internet 4G, que, ampliada, dará espaço ao 5G.

Segundo o MCom, 90% da população do país já têm acesso ao sinal da TV digital. Para chegar a 100% dos lares brasileiros, a pasta criou o programa Digitaliza Brasil, anunciado durante a Semana Nacional das Comunicações, celebrada de 7 a 10 de maio.

A introdução de novas tecnologias no espectro eletromagnético leva à chamada limpeza de faixa. “Temos um serviço que ocupa a faixa e, para que o novo seja implementado, o antigo precisa sair”, explica o secretário de Radiodifusão do MCom, Maximiliano Martinhão.

A faixa a que Martinhão se refere é a de 3,5 GHz, atualmente em uso por satélites que transmitem às antenas parabólicas o sinal da TV aberta. Estimativas apontam que 20 milhões de antenas estejam em atividade no país.

“Com a interação entre o Ministério e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) com os setores de radiodifusão e de telecomunicações, conseguimos realizar o desligamento de forma tranquila. Não tenho dúvidas de que continuaremos como exemplo pelo mundo”, afirmou o secretário.

Fonte: Abert

Assine nossa Newsletter