“Névoa de guerra”: jornalismo é essencial no combate à desinformação das redes

Vulnerabilidade das redes sociais confunde e desinforma. O desafio do jornalismo é combater mentiras num cenário bastante complexo

 

Há 21 dias, a Rússia declarou guerra à Ucrânia. Nos feeds das mídias sociais, assim como em vários outros momentos históricos, explodem fotos, vídeos e informações divergentes, verdadeiras e falsas. Quem não busca esclarecimento em sites que produzem jornalismo sério, e consome apenas conteúdo dessas plataformas, corre o risco de tomar como verdade tudo que visualiza. Tanto Ucrânia quanto Rússia têm usado a névoa de guerra como estratégia, compartilhando informações desencontradas sobre número de mortos ou imagens de destruição.

Em entrevista ao Uol, Tasso Franchi, professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), disse que a dificuldade em achar informações precisas é uma estratégia de guerra utilizada há muito tempo. “Você cria uma névoa, divulga informações erradas para diluir a certeza do inimigo e a capacidade dele de tomada de decisões”, falou ao site.

A estratégia de confundir e omitir a verdade pode atender aos objetivos militares, mas desinforma e ilude, principalmente a população. Os ucranianos são diretamente afetados ao procurar informações seguras, seja para buscar ajuda, abrigo ou sair das zonas de conflito, tendo em vista que milhares ainda tentam deixar o país, após tentativas frustradas de cessar-fogo.

Por outro lado, na Rússia, era por meio das redes sociais e alguns veículos independentes que a população acessava narrativas diferentes daquelas contadas pelo Governo Russo, que controla os meios de comunicação do país. O presidente Vladimir Putin, inclusive, proibiu que o termo guerra seja utilizado no país, bem como vetou o acesso dos russos ao Facebook e Twitter.

O papel do jornalismo

O jornalismo disputa seu espaço com gigantes da tecnologia, que moderam o que pode ou não ser visto, elogiado ou replicado na internet. Mas, assim como nas eleições de 2018, no contexto da pandemia e de diversas outras guerras, essas empresas, que dizem defender a democracia e condenar autoritarismos, não deixam completamente claro o que vêm fazendo para driblar as notícias falsas, que se espalham numa velocidade gigantesca.

Muitos profissionais da comunicação, por sua vez, vêm cumprindo o seu papel de forma ética e corajosa: o de dar luz a milhares de histórias cotidianas de pessoas que, repentinamente, precisaram deixar suas casas e vidas para se tornarem refugiados.

No Brasil, muitos dos materiais e informações disponíveis são replicados por agências internacionais, dada a distância, o investimento e também os riscos do envio de profissionais para os conflitos. Mas há jornalistas brasileiros espalhados em cidades fronteiriças com a Ucrânia, e outros dentro do país, que passaram ou ainda permanecem na região elaborando reportagens profissionais e humanas. Pela CNN Brasil: Mathias Brotero; Record: Leandro Stoliar e Roberto Cabrini; Band: Yan Boechat; SBT: Sérgio Utsch; Estadão: Eduardo Gayer; Rede Globo: Gabriel Chaim, Rodrigo Carvalho e Marcelo Courrege.

André Liohn, fotojornalista de guerra, está em Lviv e tem contribuído para a Folha de S. Paulo, além de produzir imagens fortes, sobretudo, tristes. Liohn, que diariamente usa as redes também para se comunicar, desabafou que reportar da Ucrânia dá a sensação de que o trabalho jornalístico não é necessário. “Ambos os lados usam as mídias sociais para informar, doutrinar, difundir, assustar, manipular aqueles que lhe interessam sem precisarem se submeter ao crivo jornalístico”, twittou no dia 3 de março.

Não só Liohn, mas os demais repórteres brasileiros, trazem histórias de cotidianos afetados drasticamente, bem como da onda de solidariedade que se formou em toda a Europa e mundo para com os mais de 1 milhão de refugiados, segundo estimativa da ONU no domingo, 6 de março.

Para além da complexidade histórica e geopolítica envolvida no conflito, é importante salientar que especialistas, colunistas e comentaristas, contribuem com os debates ao explicar motivações sobre o acontecimento. O que a imprensa não pode fazer, definitivamente, é justificar a guerra. O jornalismo deve fazer análises, não torcida. Conflitos humanos não podem ser simplificados a ponto de que a população chegue a conclusão de que existe um vilão ou um mocinho. Em uma guerra todos perdem, e o mais afetado é o povo. Uma cobertura equilibrada e que condena qualquer tipo de violência é o que a opinião pública precisa agora.

“Simplificar é desserviço”, diz Jamil Chade

Para o jornalista Jamil Chade, que já cobriu diversos conflitos, este é o primeiro confronto 100% online. Apesar de guerras estarem acontecendo em outras partes do mundo e de, injustamente, não receberem a mesma atenção da mídia, Kiev, a capital, e as demais cidades da Ucrânia, estão absolutamente conectadas. “Talvez a gente viva uma nova etapa da informação sobre a guerra, mas também de como isso é digerido pelo mundo. Sabemos que isso também tem impacto na forma como se dá o desenvolvimento da guerra. Desinformação e conflitos andam de mãos dadas por milênios, são exemplos de como a desinformação faz parte desses processos, e forma opinião rapidamente”, pontuou.

O desafio dos jornalistas, de acordo com ele, é explicar a história, num período extremamente complexo. “Por ora, não existe uma resposta óbvia. Quando tentamos no Twitter ou nas redes sociais simplificar, a gente está fazendo um desserviço para a compreensão de todos os conflitos. Eles são longos e complexos. Essa é uma das outras lições desta guerra, vamos ter de lidar com a complexidade, não podemos esquecer dela. O mundo não é resolvível em alguns caracteres nas redes sociais”.

 

*Por Tânia Giusti, mestre em Jornalismo pelo PPGJOR/UFSC e pesquisadora do objETHOS

** Texto originalmente publicado no site do objETHOS

ABRAJI: estudo revela ataques de gênero contra jornalistas em 2021

Um estudo inédito da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) revelou que 127 jornalistas e meios de comunicação foram alvos de violência de gênero em 2021. As mulheres jornalistas foram 91,3% das vítimas.

Realizado com apoio do Global Media Defence Fund, da UNESCO, o relatório “Violência de gênero contra jornalistas” aponta ainda que os profissionais da imprensa e veículos foram alvos de 45 ataques direcionados, utilizando gênero, sexualidade ou orientação sexual como argumentos para a agressão.

“Os constantes ataques de violência de gênero contra jornalistas no país refletem o delicado momento que estamos vivendo. O nosso relatório dá visibilidade ao problema que acompanhamos diariamente. Nossa missão é unir forças e, com base nesses dados e indicadores, buscar soluções”, afirmou Leticia Kleim, assistente jurídica da Abraji e coordenadora do relatório. O relatório completo pode ser acessado em violenciagenerojornalismo.org.br

 

Fonte: ABRAJI

Dados, audiência e monetização são destaques do Acelerando a Transformação Digital

O programa “Acelerando a Transformação Digital”, voltado para o rádio e TV, recebeu, nesta quinta-feira (10), a premiada jornalista egípcia Ethar El-Katatney. Na terceira sessão do programa, que teve como tema “Estratégias na cultura orientada por dados”, a jornalista compartilhou dicas de como analisar métricas para serem usadas na produção de conteúdos estratégicos para as plataformas digitais.

 “O foco na sua audiência será o modelo de negócios de sucesso. Dados dizem muito sobre quem é a pessoa. Portanto, considero de extrema relevância coletar informações e conhecer o seu público para segmentar uma determinada publicação”, defendeu.

De acordo com El-Katatney, milhares de conteúdos podem ser gerados para grupos diferentes, desde que a emissora tenha conhecimento do que produzir e como distribuir com base nas informações do seu público. “Averiguar e entender o comportamento do ouvinte/telespectador é fundamental para personalizar a mídia, seja ela para o rádio ou televisão”, pontuou.

Para a jornalista, a monetização é resultado da melhor forma de engajar uma publicação que resulte em audiência. “Estratégia de engajamento é algo grande e importante. Construir um público centrado e que esteja compromissado com a empresa e queira se tornar seu associado pode ser considerado um modelo de negócio sustentável”, complementou.

A jornalista acha importante que as empresas trabalhem com uma equipe de profissionais que esteja integrada e envolvida em todos os processos de divulgação de um conteúdo, desde a apuração dos fatos, até postagens em redes sociais. “Conteúdo digital não é para ganhar dinheiro, mas sim para aumentar a quantidade de pessoas que podem consumir o seu produto”, finalizou.   

Também participaram do encontro, representantes do ICFJ (International Center for Journalists) e da Meta, parceiros da ABERT no Acelerando a Transformação Digital, além do coordenador do projeto, Allen Chahad. 

 

Fonte: ABERT

Divulgada lista de radiodifusores homologados para migração da banda C para Ku

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou o Ato 3.602/22 AQUI, que homologa o resultado do chamamento público realizado para que as entidades que possuem aplicações que permitam recepção do sinal de televisão aberta e gratuita na banda C satelital manifestassem interesse na migração da recepção do sinal para a banda Ku.

Também foi homologada a lista de concessionárias de radiodifusão de sons e imagens que não transmitiam canais com sinal de TV aberta e gratuita, passíveis de recepção por meio de antenas parabólicas na banda C satelital pelo público em geral, mas que possuem interesse na transmissão do sinal de televisão aberta e gratuita satelital por meio da banda Ku.

 

Fonte: ABERT

Jornalista americano é morto na Ucrânia por soldados russos, diz polícia de Kiev

Em nota, o New York Times disse que o profissional trabalhou no veículo há alguns anos, mas não estava cobrindo a guerra da Ucrânia para o jornal

 

O jornalista americano Brent Renaud, 50, foi baleado e morto na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev, na Ucrânia neste domingo (13). A informação foi obtida pela agência de notícias Reuters através do chefe da polícia da região de Kiev, que afirmou ele foi alvejado por soldados russos.

O profissional usava um crachá do New York Times quando foi encontrado. Em nota, o New York Times manifestou "tristeza profunda" pelo profissional que trabalhou no jornal há alguns anos mas não estava cobrindo a guerra da Ucrânia para o veículo.

Ainda segundo a polícia, outro repórter, que estava com o jornalista morto, também foi atingido e levado a um hospital em Kiev. O governo dos Estados Unidos não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

 

Fonte: g1

Anatel regulamenta ativação do chip FM no celular

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou o Ato nº 10.003/2021, que regulamenta a ativação do chip FM nos aparelhos celulares comercializados no Brasil.

Com a nova norma, todo telefone celular que possuir ‘hardware’ com capacidade de recepção de sinais de rádio FM deverá habilitar a função como condição para a homologação.

A publicação do ato é uma antiga reivindicação da ABERT e atende à Portaria nº 2.523/2021, do Ministério das Comunicações (MCom), que determinou à Anatel a adoção de medidas que garantam o acesso ao serviço de radiodifusão FM nos celulares.

O presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, ressaltou os benefícios da medida, que “reforça o rádio livre, aberto e gratuito para os brasileiros, que poderão receber os sinais de sua emissora favorita pelo celular sem o custo do pacote de dados da internet”.

 

 
 
 
 

Luiz Lara é eleito presidente do Cenp

O publicitário paulista Luiz Lara foi eleito, nesta segunda-feira (6), presidente do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão). Ele substitui Caio Barsotti, que esteve na presidência executiva da entidade por 12 anos.

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo, Luiz Lara iniciou sua carreira na Almap, passando depois pela Paulistur e Embratur. Fundador de uma das maiores agências de publicidade do país, a Lew’Lara\TBWA, Luiz Lara tem destacada trajetória no mercado da comunicação.

É membro do Conselho Superior da Abap (Associação Brasileira de Publicidade), entidade que presidiu entre 2009 e 2012, vice-presidente do Conselho da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) e conselheiro da ABP (Associação Brasileira de Propaganda) e da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). É ainda vice-presidente do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).

Luiz Lara assume o Cenp em um momento de reestruturação da entidade.

"Aceitei o desafio porque acredito profundamente que, com a vontade coletiva deste mercado e todos os seus players – agências, anunciantes, veículos e os novos elos digitais –, podemos criar juntos uma governança mais democrática e inclusiva. Este novo Cenp deve seguir prezando pela ética e transparência e ser o mais importante fórum do mercado, buscando na autorregulação a harmonização dos interesses comerciais e das melhores práticas. Precisamos considerar sempre a capilaridade do mercado publicitário brasileiro, valorizando a força dos agentes regionais e ecossistemas locais, além de encarar os desafios da comunicação multiplataforma e hiperconectada", afirma Luiz Lara.

 

 

Fonte: ABERT - https://www.abert.org.br/web/notmenu/luiz-lara-e-eleito-presidente-do-cenp.html

 
 
 
 

Comissão da Câmara aprova punição a quem impedir o livre exercício do jornalismo

O projeto prevê detenção de um a quatro anos a quem impedir ou dificultar o exercício da imprensa

 

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que tipifica como crimes de abuso de autoridade condutas que impeçam ou dificultem o livre exercício do jornalismo, além de definir garantias individuais e coletivas para o pleno exercício da liberdade de imprensa no País – garantida pela Constituição.

O Projeto de Lei 2378/20, da deputada Shéridan (PSDB-RR), foi aprovado na forma do substitutivo da relatora, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Não podemos aceitar que jornalistas, no exercício de suas funções, sejam atacados, ofendidos e tratados conforme o veículo que representam. Não raro temos visto isto acontecer, especialmente com jornalistas mulheres”, avalia Jandira Feghali.

De acordo com a proposta, será crime punível com detenção de um a quatro anos e multa o ato de impedir ou dificultar o livre exercício da profissão de jornalista, mediante apreensão, adulteração ou destruição indevida de material de trabalho ou execução de captura ou prisão de pessoa que não esteja em situação de flagrante delito ou sem ordem judicial.

A mesma pena será aplicável à autoridade que, com a finalidade de impedir ou dificultar o livre exercício da profissão, atribuir falsamente ao jornalista fato definido como crime ou fato ofensivo à sua reputação; ofender a sua dignidade ou o decoro; e incentivar assédio direcionado a jornalista.

As penas serão aumentadas de um a dois terços se forem usados elementos de caráter sexual ou referentes a raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, origem, gênero ou a condição de pessoa idosa ou pessoa com deficiência. As medidas são incluídas na Lei de Abuso de Autoridade.

Direitos dos jornalistas

A relatora incorporou, entre os direitos fundamentais dos jornalistas, a liberdade de exercício da profissão sem qualquer tipo de constrangimento, interno ou externo, que vise obstruir, direta ou indiretamente, a livre divulgação de informação. O texto também prevê, entre os direitos dos jornalistas, o acesso a fontes de informação; a garantia do sigilo das fontes – já garantido pela Constituição; a garantia do sigilo de seu material de trabalho, inclusive o digital, como anotações, gravações e análogos; a propriedade do seu material de trabalho; e o livre trânsito, em locais públicos ou abertos ao público, desde que para o exercício da atividade jornalística.

Conforme a proposta, o exercício do direito ao sigilo da fonte não poderá ensejar qualquer sanção, direta ou indireta. O material utilizado pelos jornalistas no exercício da sua profissão só pode ser apreendido por determinação judicial e nos casos em que se aplica a quebra do sigilo profissional.

Normas para credenciamento

Pelo texto, o jornalista não deve ser obrigado a assinar texto ou ter sua imagem ou voz utilizadas em situações em que se oponha ao conteúdo a ser veiculado. Todo órgão público deverá contar com normas claras para credenciamento de veículos de comunicação para acompanhamento de suas atividades, sendo vedada a exclusão de veículo ou jornalista que cumpra os critérios definidos por essas normas.

Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e pelo Plenário.

 

Fonte: Comunique-se

 

Mix de Mídia: Credibilidade do rádio cresce 43% e meio é ouvido por 80% da população, diz Kantar IBOPE Media

Através de uma união inédita que reuniu 17 emissoras de rádios do Rio de Janeiro, aconteceu ontem (19) uma edição especial do "Mix de Mídia", organizado pelo Grupo de Mídia RJ. A partir de uma apresentação especial da Kantar IBOPE Media, foram revelados números importantes do rádio brasileiro, com base nos 13 mercados regulares aferidos pela empresa. Segundo a Kantar, o meio é ouvido por 80% da população, sendo um avanço de 2% na comparação com o dado de 2020. Outro ponto forte do meio é a credibilidadeavanço de 43% em apenas um ano. E 10% da população afirma ouvir rádio via web no Brasil. 

As apresentações da Kantar IBOPE Media foram realizadas por Giovana Alcântara e Gabriela Vitral, com a atualização dos dados relacionados ao comportamento da audiência e do mercado publicitário. Na sequência, houve um debate entre  Daniella Ferro (TIM), Fernando Morgado (consultor e professor) e Markus Castanheira (Universal Music), que discutiram sobre o panorama atual do rádio. A mediação foi feita por Antônio Jorge Alaby Pinheiro. 

"O rádio é um meio que se renova há muito tempo e serve de exemplo para as demais mídias. Sendo assim, não há mais espaço para discursos alarmistas quando se trata do futuro do meio. É fundamental investir cada vez mais na capacitação de toda a cadeia produtiva da comunicação, mostrando que o rádio vai muito além do dial e gera resultados das mais diversas formas", diz Fernando Morgado, consultor que esteve entre os debatedores.

Em contato com o tudoradio.com, Morgado também faz um alerta: "Ainda vemos muitas pessoas confundindo o rádio enquanto aparelho e o rádio enquanto linguagem. Mudar a forma de consumir rádio não significa deixar de consumir rádio, pelo contrário. Conforme o meio se expande, alcançando novos tipos de aparelho, mais tempo ele passa a ocupar na jornada do ouvinte. Essa é uma questão que parece básica, mas não é. Ainda vemos muita confusão nesse sentido por aí".

Devido a grande procura pelo evento desta quinta-feira (19), o Grupo de Mídia RJ decidiu realizar uma segunda edição do "Mix de Mídia" com os mesmos participantes, em data que será definida.

Os dados atualizados

Segundo a Kantar IBOPE Media, em 30 dias o rádio é ouvido por 80% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisas, sendo 2% a mais do que em 2020 (dados do trimestre abril a junho de 2021, 05-05h/todos os dias). Três a cada cinco ouvintes escutam rádios todos os dias, com cada um deles ouvindo cerca de 4 horas e 26 minutos (por dia). Também é destaque o perfil dessa audiência, equilibrado entre as faixas etárias e com boa presença nas classes sociais AB e C.

Os dados da Kantar apontam que 71% dos ouvintes afirmaram que ouviram rádio em casa, 24% no carro, 10% em outros locais, 8% no trajeto e 2% no trabalho. Tirando a audiência residencial, todos os outros locais apresentaram alta no consumo de rádio em relação a 2020, devido à maior circulação da população em 2021 nas 13 regiões pesquisadas.

A pesquisa indica que 80% dos ouvintes acompanharam o rádio através de um receptor comum, 25% pelo celular, 4% por outros equipamentos e 3% pelo computador. Na comparação com o mesmo período (trimestre abril a junho), o consumo de rádio via celular em 2020 representava 23%.

Sobre as regiões analisadas, em 30 dias o rádio é ouvido por 89% da população na Grande Belo Horizonte (com um tempo médio de 04h25), 85% na Grande Porto Alegre (04h21) e Grande Florianópolis (04h03), 84% na Grande Fortaleza (04h29) e Grande Curitiba (03h59), 82% no Grande Rio de Janeiro (praça de maior tempo médio, com 05h10), 81% no Grande Recife (04h40) e Grande Goiânia (04h13), 79% na Grande Vitória (04h16), 78% no Distrito Federal (03h32), 77% na Grande Salvador (04h02) e 76% na Grande São Paulo (04h15) e Campinas (03h52).

Os dados são similares aos números apresentados pela própria Kantar IBOPE Media no AESP Talks do final de julho, que contou com a participação de Melissa Vogel (CEO da empresa). Nos dois casos foram detalhados a ferramenta Extended Radio, que é um avanço na medição híbrida do rádio. As emissoras assinantes da Kantar IBOPE Media e o mercado continuarão com as pesquisas regulares do meio e também terão a disponibilidade dos dados em tempo real fornecidos pelo novo serviço. As métricas geradas pela ferramenta são semelhantes aos dados fornecidos por outras plataformas e mídias digitais, suprindo uma demanda do mercado. Essa aproximação dos dados de rádio com o digital é uma discussão global no setor

Ouvintes de rádio web no Brasil

A Kantar também detalhou o consumo do rádio através da internet. Hoje, o tempo médio diário dedicado é de 2 horas e 44 minutos entre os ouvintes de rádio via web. A pesquisa indica que 10% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisas ouviram rádio web nos últimos 30 dias (trimestre abril a junho de 2021).

Desse público que consome rádio via web, 67% está nas classes AB, com maior participação nas faixas etárias mais jovens (26% de 20 a 29 anos e 31% de 30 a 39 anos). 

Também foi destacado a "explosão de consumo dos meios pela internet", ou seja, o público passou a buscar pela distribuição on-line de conteúdos de rádio, jornal, revista e televisão. Para se ter uma ideia desse avanço, o rádio contava em 2016 e 2017 com cerca de 3% de seu consumo via internet. Esse percentual subiu para 4% nos anos seguintes, 6% em 2020 e disparou para 13% em 2021.

Ainda sobre os ouvintes via web, 66% afirmam ter ouvido rádio pelo celular, 37% pelo computador e 8% em outros equipamentos. E o pico de audiência é no período da manhã, nas faixas das 09h-10h e 10h-11h. Também há uma evolução no consumo via computador entre 13h e 17h e no celular entre 18 e 21h.

E sobre podcasts, 31% dos entrevistados ouviram o formato nos últimos 3 meses, segundo a Kantar. Isso representa um aumento de 32% na comparação com o último ano.

Credibilidade do rádio em alta

Um dos destaques da apresentação feita pela Kantar IBOPE Media foi sobre a credibilidade do rádio, que está em alta. Segundo a pesquisa, houve um avanço de 43% entre 2020 e 2021. 69% dos entrevistados afirmaram que confiam no rádio para se manter informados. Para se ter uma ideia do avanço, o percentual no ano passado era de 48% e de 49% em 2019. 

Publicidade: retomada do investimento e a confiança no rádio 

A Kantar também teve um olhar especial para a publicidade no rádio. Segundo a pesquisa, 50% da efetividade de mídia é direcionada pela qualidade criativa da publicidade. E também foi mapeado os formatos mais queridos de propaganda em áudio para a audiência. São eles: 42% para comerciais entre os programas e as músicas, 27% para promoções na programação da emissora, 22% para ações publicitárias feitas por locutores durante os programas de rádio, 16% para anúncios inseridos na playlist do aplicativo de escuta e, por fim, 10% para anúncios em canais próprios das marcas dentro de aplicativos.

A pesquisa também revelou uma retomada no volume de inserções publicitárias no rádio. Houve um avanço de 16% na comparação entre o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período deste ano. Antes, devido ao impacto causado pela pandemia do novo coronavírus na economia, a Kantar registrou uma queda de 36% entre 2019 e 2020 (dados relativos ao primeiro semestre de cada ano). 

São 4.933 anunciantes que investiram em rádio no 1º semestre de 2021, sendo 2.376 deles exclusivos do meio e 2.593 novos.  

Já sobre as marcas, 5.433 delas investiram no rádio no 1º semestre deste ano, sendo 2.543 exclusivo do meio e 3.106 que passaram a anunciar nas estações. Os dados são da pesquisa Advertising Intelligence da Kantar.

Entre as categorias que mais investem em rádio, 10,8% está no setor de super hipermercados atacadista, seguido de ensino escolar e universitário (6,9%), serviços saúde (6,6%), outros serviços consumidor (5,4%), auto revendas concessionárias (3,2%), lojas de departamento (2,9%), telecom fixa física (2,6%), restaurantes e lanchonetes (2,3%), outros medicamentos (2,2%), tônico, fortificante e vitamina (2,1%), varejo montadora (1,9%), serviços segurança (1,9%), construção e incorporação (1,8%), varejo telecomunicações móvel (1,8%) e outros tipos de comércio com 1,7%.

Fonte: Tudo Rádio

Presidente da Fenaert, Guliver Leão, assumirá nos próximos dias a presidência da CNCom

O presidente da Fenaert (Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão), Guliver Leão, assumirá, nos próximos dias, a presidência da CNCom, entidade que reúne a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) e a Fenajore (Federação Nacional de Jornais e Revistas), além da Fenaert. O profissional substitui o publicitário Glaucio Binder, que assumiu a CNCom em 2019, quando participou da criação e desenvolvimento da Confederação.

Além de Guliver Leão, a nova diretoria da confederação será composta por Ary dos Santos (VP pela Fenaert), André Jungblut (VP pela Fenajore), Daniel Queiroz (VP pela Fenapro), Ricardo Menezes (diretor de Secretaria), Edison Biasin (diretor de Finanças), Eduardo Pereira (diretor de Enquadramento Sindical) e José Nilvan (diretor de Relações Institucionais). Participarão do Conselho Fiscal, André Lacerda, Carlos Ross, Guilherme Rabboni Junior, Isabel Baggio, Jerônimo Fragomeni e Jones Alei.

O futuro gestor da CNCom ressaltou a importância da confederação e também sobre seu papel diante das entidades que representam a imprensa. "A CNCom foi criada para dar voz às entidades que representam os jornais, rádio, TV e publicidade, e daremos continuidade à importante missão de representá-las junto aos órgãos públicos", afirma Guliver.

Advogado e pós-graduado em Administração de Empresas e Administração Pública, o empresário Guliver Augusto Leão é diretor Jurídico e de Relações Institucionais do Grupo Jaime Câmara, de Goiás. Ele também presidiu o SERT/GO (Sindicato das Empresas de Radiodifusão do Estado de Goiás), sendo conselheiro efetivo do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).

Com informações da ABERT

Fonte: Tudo Rádio

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