Mídia televisiva: estatísticas atuais e perfil de consumo no Brasil

Os meios de comunicação abrem caminhos para a apresentação de novos produtos e serviços aos consumidores, principalmente a mídia televisiva. Para entender o poder dessa mídia como meio de veiculação publicitária, apresentaremos um panorama sobre o perfil de consumo de TV entre a população brasileira.

Então, acompanhe essa leitura e veja como a televisão pode ser uma ferramenta poderosa no marketing de sua empresa!

Hábitos de consumo de mídia digital no Brasil

As mudanças nos padrões de gostos e consumo de mídia digital no Brasil têm sido marcantes nos últimos tempos devido ao crescimento vertiginoso da internet e à queda nas audiências da televisão aberta.

Segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia 2016 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira, da SECOM, 26% dos entrevistados utilizam a internet para se informar. Entre eles, 49% veem a internet como umas das principais fontes de informações sobre o que acontece no Brasil.

Com isso, muitas empresas estão preocupadas em apenas fazer a migração para o meio digital e investir todo, ou quase todo o seu budget em estratégias de mídia online. Acabam cometendo o erro de não investirem em outras mídias, que ainda seguem fortes como canais publicitários, como a TV por assinatura.

Embora a internet tenha despontado como um dos meios mais favoritos para obter informações, a televisão ainda é o principal veículo de notícias e conhecimento. Essa mesma pesquisa da SECOM aponta que 63% dos entrevistados utilizam a televisão como um meio de obter informações. Além disso, confiam mais nas notícias que circulam na TV do que nas que são veiculadas na internet.

Apesar da queda na audiência da televisão aberta, a televisão ainda é um dos meios mais importantes para se comunicar com as pessoas, uma vez que a TV por assinatura tem se popularizado.

De acordo com a pesquisa Hábitos de Consumo de Mídia 2018, do DataSebrae, 48% dos entrevistados têm acesso apenas à TV aberta, enquanto que 30% têm TV a cabo e 18% têm TV via satélite.

Viu como esse meio de comunicação pode ser um aliado para a sua empresa? Se você ainda tem dúvidas, então, confira as principais informações sobre a mídia televisiva no próximo tópico!

O consumo de TV entre a população brasileira

A televisão funciona como veículo de valorização dos bens de consumo por meio das propagandas em comerciais ou nas novelas. Assim, pode ser utilizada como via de comunicação pelas empresas com os consumidores. Mas antes de utilizá-la, é preciso conhecer mais sobre o uso dessa mídia.

A pesquisa da SECOM revela que em relação ao consumo de televisão, 62% dos telespectadores passam de uma a três horas assistindo a programação durante a semana. Já nos fins de semana, com esse mesmo tempo de uso, o número cai para 54%.

O estudo também mostra que 77% dos entrevistados assistem à TV sete dias por semana. Entre eles, a maioria é de pessoas na faixa dos 55 a 64 anos de idade. Esses públicos se concentram mais em municípios com população de até 10.000 habitantes, localizados no interior do país, seguido pelos residentes nas capitais.

Devido ao seu poder de alcance, a mídia televisiva tem uma grande capacidade de comunicação e, assim, exerce influência nos hábitos de consumo da população brasileira. Por isso, a sua empresa não pode deixar de investir nesse poderoso canal de publicidade.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, acesse o nosso artigo sobre por que investir em comerciais de TV e como uma agência pode ajudar.

Kantar IBOPE Media atualiza a representatividade do ponto de audiência de TV para 2022

São Paulo, 22 de dezembro de 2021 – A partir de 1º de janeiro, com base nas novas estimativas populacionais, a Kantar IBOPE Media atualizará a representatividade do ponto de audiência de televisão, na qual 1 ponto equivale a 1% do universo pesquisado em cada praça aferida.

Em 2022, 1 ponto de audiência nos 15 mercados aferidos regularmente pela empresa, por exemplo, representará 258.821 domicílios e 713.821 indivíduos. Abaixo, a lista de equivalência também para as demais praças aferidas pela empresa.

 

PraçaEquivalência de 1 ponto de audiência
Domicílios c/ TVIndivíduos 4+ c/ TV
15 Mercados 258.821 713.821
Gde. São Paulo 74.666 205.755
Gde. Campinas 8.035 22.328
Gde. Rio de Janeiro 47.601 124.692
Gde. Belo Horizonte 20.542 55.282
Gde. Vitória 6.673 18.457
Gde. Porto Alegre 16.334 40.462
Gde. Curitiba 11.628 31.945
Gde. Florianópolis 4.302 11.084
Gde. Goiânia 8.682 24.166
Distrito Federal 9.335 27.604
Gde. Salvador 12.813 35.591
Gde. Fortaleza 12.193 36.995
Gde. Recife 12.529 36.186
Gde. Belém 7.241 22.726
Manaus 6.247 20.547

Sobre a Kantar IBOPE Media

A Kantar IBOPE Media faz parte da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. Oferecemos as mais abrangentes e precisas informações sobre consumo, desempenho e investimento de mídia, provendo aos clientes da América Latina dados para a melhor tomada de decisão. A Kantar IBOPE Media conta com aproximadamente 3.500 colaboradores e possui operações em 15 países latino-americanos.

AD Comunicação & Marketing
(11) 99965.8147
www.adcomunicacao.com.br

Consumo de rádio aumenta com canais diversificados

O Inside Radio 2021, da Kantar IBOPE Media, indica que a população brasileira está consumindo áudios por diversas fontes e aponta caminhos para a publicidade no meio

 

Engana-se quem, porventura, pense que o hábito de consumir conteúdos em áudio é um conceito da era pré Internet e restrito aos deslocamentos feitos de carro. O Inside Radio 2021, estudo realizado pela Kantar IBOPE Media, mostra que o meio rádio é consumido por 80% dos brasileiros – um crescimento de dois pontos percentuais em relação ao resultado obtido na última edição do levantamento, feita no ano passado. Ao todo, concluiu-se que três a cada cinco brasileiros ouvem rádio todos os dias, com uma média de tempo diári0 de 4 horas.

A amostragem escolhida pela instituição foi a população ouvinte de rádio de 13 regiões metropolitanas do País. São elas:  Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Goiânia e Distrito Federal. Segundo a Kantar, estas áreas são responsáveis por 75% do investimento em mídia no Brasil. A pesquisa concluiu que a região Sul é a que mais ouve rádio, com um resultado de 85% do público declarando consumir o formato, seguida do Nordeste (81%), Centro-Oeste e Sudeste (80% para ambas). Todas as regiões também registraram aumento em relação à pesquisa de 2020. Outro ponto de atenção é a credibilidade. De 2014 a 2020, a porcentagem das pessoas que confiam no rádio para se manterem informadas oscilou entre 51% e 45%. Já neste ano, esse resultado saltou para 69%.

A pesquisa identificou que o perfil dos ouvintes é equilibrado, com 52% sendo mulheres e 48% homens. A classe C é a que mais consome rádio, representando 43% de todo o público, predominando sobre as classes A e B (40%). Por conta da tradicionalidade do meio, o público com mais de 60 anos se destaca em termos de idade (21%), contra 20% de adultos entre 30 e 39 anos e 19% de 40 a 49. Entre os locais em que o áudio é consumido, o Inside Radio Kantar 2021 mostra que a própria casa é citada por 71%; o carro por 24% e outros locais por 10%. Trajeto e trabalho aparecem com menor porcentagem, com 8% e 2%, respectivamente.  

Ainda que o áudio seja um recurso antigo, hoje os canais são os mais diversos para justificar o aumento da transmissão. A Internet é citada por 10% da população como canal dos ouvintes nos últimos 30 dias. Neste ambiente digital, o celular se destaca como o device mais usado pelos consumidores (66%). O segundo lugar é ocupado pelo computador (37%), enquanto outros equipamentos são citados por apenas 8% dos entrevistados.

Em relação ao conteúdo, o consumo de músicas e outros tipos de áudio através do YouTube é feito por mais da metade dos indivíduos (59%). Em seguida, aparecem músicas em apps de streaming, como Spotify e Deezer, com 37%; podcasts com 31% – um aumento de 32 pontos percentuais quando comparado com o ano passado -; e rádio online com 18%. Nesse cenário, a faixa etária que se destaca entre os ouvintes é a de jovens entre 20 e 39 anos, das classes A e B.

De acordo com Giovana Alcantara, diretora de desenvolvimento de negócios regionais da Kantar IBOPE Media, o rádio se expande através da sua capacidade de unir o melhor de dois mundos: a credibilidade e o companheirismo do dial com o dinamismo do online. “Essa audiência conectada, que gosta de ouvir rádio pelo celular ou no computador, também precisa ser compreendida pelas emissoras e anunciantes”, afirma a executiva.

O Inside Radio 2021 ressalta a força da diversidade de canais para a ampliação de oportunidades para marcas e anunciantes. A Kantar estabeleceu um ranking dos formatos que mais captam a atenção dos ouvintes: em primeiro lugar, aparecem os comerciais, com 50%. Na sequência, o TOP 5 continua a ser formado por promoções na programação da emissora (28%); ações publicitárias feitas por locutores durante os programas de rádio (26%), anúncios inseridos na playlist do aplicativo que os consumidores estão ouvindo (21%) e, por fim, anúncios feitos durante podcasts (10%).

Entre os setores que mais investem em anúncios no meio, serviços ao consumidor, comércio e financeiro/securitário concentram, juntos, quase ⅔ de todas as verbas destinadas à publicidade (65%). As demais posições são ocupadas pelo segmento farmacêutico (5,8%) e telecomunicações (5,1%). De acordo com a Kantar, quase 5 mil anunciantes investiram em publicidade no rádio – dos quais 2.376 veicularam anúncios exclusivamente no meio. 

Por fim, o estudo relembra o boom dos aplicativos destinados exclusivamente a áudio. O Clubhouse se apresentou ao público no início deste ano e, segundo dados do SensorTower, colecionou mais de 10 milhões de downloads em fevereiro. O Twitter e o Facebook seguiram a mesma estratégia de criação de espaços dentro das plataformas destinadas a canais de conversas, com o Spaces, Soundbite e Live Audio Romes, que perpassam desde salas de discussão até ferramentas de reprodução de podcasts. 

*Credito da imagem de topo: audioundwerbung/iStock

Ataques contra jornalistas e meios de comunicação crescem 26,9% em 2022

*Foto de capa: Antonio Cruz/Agência Brasil

Como forma de acompanhar a situação da liberdade de imprensa no Brasil, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) tem monitorado os ataques sofridos por jornalistas e meios de comunicação do país. Entre jan.2022 e abr.2022, foram identificados 151 episódios de agressão física e verbal ou outras formas de cercear o trabalho jornalístico, como restrições de acesso à informação, ataques de negação de serviço na internet, doxing (exposição de dados pessoais), processos civis ou penais, assassinato, assédio sexual e uso abusivo do poder estatal. Esse cenário sofreu uma piora em relação a 2021: houve um aumento de 26,9% considerando o mesmo período do ano passado.

Em 2022, o tipo de agressão mais comum continua sendo o discurso estigmatizante – assim como foi em 2019, 2020 e 2021 –, presente em 66,9% dos alertas identificados até abril. Foi registrado um aumento de 12 casos dessa forma de violência verbal em comparação com o mesmo período do ano passado. A categoria de “agressões e ataques”, que envolve violência física, atentados e ameaças explícitas, também aumentou, apresentando um salto de 80%. 

Além disso, diferentemente de 2021, em 2022, registrou-se um assassinato e dois casos de violência sexual, classificados de acordo com o novo indicador estabelecido pela rede latino-americana Voces del Sur, que passou a incluir a perspectiva de gênero em sua metodologia, registrando situações de assédio, ameaças, atos ou comentários indesejados de natureza sexual em uma categoria própria. Esses resultados definem, até o momento, 2022 como um ano mais violento para o jornalismo brasileiro do que o anterior.

Os dados do projeto também apontam para uma participação intensa de agentes públicos nos ataques. Entre o total de casos registrados, 70,2% contaram com o envolvimento de atores relacionados ao Estado e 57,6% tiveram a participação de figuras que cumprem mandatos em cargos eletivos. Esses números revelam um contexto sombrio no qual representantes dos poderes constituídos atacam um pilar essencial para a própria democracia, que é a imprensa livre.

Dos 106 ataques perpetrados por atores estatais, 70 (66%) envolveram um ou mais membros da família Bolsonaro, que compreende o presidente da República e seus filhos com mandatos eletivos. Jair Bolsonaro (PL) foi agressor em 32 casos, seguido pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 23 ataques. Depois, há o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com 12 casos, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), com 8. Na maioria dos casos, os principais alvos foram a imprensa brasileira de modo geral (77,1%); meios de comunicação (31,4%) como O Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Veja, O Antagonista e Metrópoles; além de vitimarem repórteres e comunicadores (25,7%); e editores ou diretores de empresas de mídia (1,4%).

Outro destaque do monitoramento se relaciona com o papel das plataformas digitais nos ataques a jornalistas e meios de comunicação. O ambiente on-line se mostrou um terreno hostil para comunicadores brasileiros, considerando que 62,9% das agressões registradas até abril tiveram origem ou repercussão na internet. A Abraji já mostrou como o ambiente digital é usado, principalmente por atores políticos, para atacar profissionais da imprensa, em especial mulheres, pessoas LGBTQIA+ e meios de comunicação comprometidos com pautas feministas.

Violência de gênero

Paralelamente ao acompanhamento de ataques contra a imprensa brasileira, a Abraji monitora episódios de violência de gênero contra jornalistas no país. O projeto registra agressões, ofensas, ameaças, intimidações e outras formas de ataque que envolvem identidade de gênero, sexualidade, orientação sexual, aparência e estereótipos sexistas contra comunicadores como um todo, bem como casos de agressão contra mulheres jornalistas – cis ou trans – de forma geral.

De jan.2022 a abr.2022, 29 ataques atingiram jornalistas mulheres no Brasil. Foram 7 casos de violência explícita de gênero contra 8 comunicadoras e 1 comunicador, alvo de ataques homofóbicos.

Os dados de 2021 estão disponíveis em um relatório publicado em portuguêsinglês e espanhol. A plataforma on-line do projeto está em constante atualização e já oferece os resultados parciais de 2022.

Sobre o monitoramento

A Abraji monitora os ataques contra a imprensa brasileira desde 2013. Esse projeto se expandiu em 2019, quando a associação passou a integrar a rede Voces Del Sur (VDS),  que hoje reúne 14 organizações da sociedade civil em diferentes países da América Latina e Caribe, movidas por um esforço comum de monitorar a situação da liberdade de imprensa na região. Com isso, o monitoramento se tornou sistemático, e a metodologia passou a ser compartilhada. Em abr.2022, a Abraji lançou o relatório “Monitoramento de ataques à imprensa no Brasil”, com dados e análises gerais sobre os episódios registrados no último ano.

O monitoramento é um trabalho diário, com novos episódios sendo frequentemente registrados pela Abraji. Esses dados podem ser atualizados se outros casos ainda não identificados forem contabilizados no futuro.

ASSERPE debate rumos da radiodifusão em reunião setorial

Cerca de 80 radiodifusores de várias regiões pernambucanas participaram da 153ª Reunião Setorial da ASSERPE (Associação das Empresas de Rádio e TV de Pernambuco), na quinta-feira (17), em Serra Talhada (PE). 

No primeiro encontro presencial, animado pelo grupo de xaxado Gilvan Santos, gestores, diretores e profissionais da comunicação discutiram a força do rádio e os rumos da radiodifusão. 

O presidente da ASSERPE, Nill Júnior, reforçou a importância da união do setor diante dos objetivos comuns. "Temos muito mais desafios conjuntos que diferenças. A unidade da radiodifusão é um compromisso do qual não devemos abrir mão", afirmou. 

No painel sobre "O Preço do Rádio", o diretor e ex-presidente da entidade Ivan Feitosa esclareceu dúvidas sobre o custo das emissoras e a forma mais eficiente para comercialização de um produto, além de destacar pesquisas que apontam o crescimento do rádio, a presença do veículo no Nordeste e como as emissoras devem se fortalecer a partir desses dados.

A programação contou também com a participação de um palestrante especializado em Comunicação Emocional com foco no comportamento e identificação de padrões e mudanças, além da presença de representantes das TVs afiliadas, que apresentaram os avanços da TV digital no interior do estado.

 

Fonte: ABERT 

Painel destaca a tecnologia como uma força

“Nossa capacidade de impulsionar a mudança dependerá em parte de nossa habilidade de comunicar informações vitais de maneira eficaz, aproveitando o poder dos dados e da tecnologia digital”. A afirmação é do jornalista americano Jed Miller, painelista da quarta sessão de treinamento do programa Acelerando a Transformação Digital, que aconteceu na quinta-feira (17).

Com o tema “Como usar a tecnologia como uma força”, Jed Miller destacou pontos que considera importantes para uma emissora alcançar o público correto, por meio de conteúdos postados no ambiente digital, usando a tecnologia como aliada. Para o jornalista, as audiências são complementares e as emissoras devem estar no ambiente digital que seja financeira e estrategicamente importante para cada um. 

“Toda vez que algo de novo acontece, todo mundo quer. Mas é necessário inovar e planejar o seu conteúdo com antecedência para não parecer que seus posts e vídeos sejam vistos e classificados como algo bobo, sem fundamento e desnecessário. Não se trata só de transformação, mas de inovação, como estratégia de manter a audiência em suas plataformas. É muito importante conciliar o conteúdo de uma rádio com o das redes sociais”, alertou. 

Jed Miller lembrou ainda que uma informação pode levar as pessoas a mudarem seus comportamentos individuais e que, “toda atenção e cuidado devem ser voltados para a informação correta, evitando a disseminação de notícias enganosas. Tecnologia, mídia e democracia digital precisam andar sempre juntas”. 

Durante a apresentação, Jed Miller interagiu com o público, que respondeu enquetes online sobre conhecimento e interesse das emissoras em tecnologia digital.

Também participaram do encontro, representantes do ICFJ (International Center for Journalists) e da Meta, parceiros da ABERT no Acelerando a Transformação Digital, além do coordenador do projeto, Allen Chahad

 

Fonte: ABERT

ABERT lançará Relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão no Brasil

A ABERT lança, na terça-feira (22), às 10h, o Relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão 2021.

Os casos de agressões, ameaças, intimidações e ataques aos jornalistas e veículos de comunicação que aconteceram em 2021 no Brasil serão apresentados pelo presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, em encontro virtual, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da Associação. A entrevista coletiva será realizada pela plataforma Zoom.

Para participar da apresentação do relatório e da coletiva, o profissional de imprensa deve enviar solicitação para o email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., colocar no assunto “Lançamento Relatório ABERT”, informar o nome, o veículo que representa e o contato de WhatsApp para o envio do link à sala virtual.

Para acompanhar a transmissão ao vivo, acesse as redes sociais da ABERT:

Facebook: www.facebook.com/ABERT.RadioeTV

Youtube: www.youtube.com/user/assbrasilradiotv

 

Fonte: ABERT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO

“Névoa de guerra”: jornalismo é essencial no combate à desinformação das redes

Vulnerabilidade das redes sociais confunde e desinforma. O desafio do jornalismo é combater mentiras num cenário bastante complexo

 

Há 21 dias, a Rússia declarou guerra à Ucrânia. Nos feeds das mídias sociais, assim como em vários outros momentos históricos, explodem fotos, vídeos e informações divergentes, verdadeiras e falsas. Quem não busca esclarecimento em sites que produzem jornalismo sério, e consome apenas conteúdo dessas plataformas, corre o risco de tomar como verdade tudo que visualiza. Tanto Ucrânia quanto Rússia têm usado a névoa de guerra como estratégia, compartilhando informações desencontradas sobre número de mortos ou imagens de destruição.

Em entrevista ao Uol, Tasso Franchi, professor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), disse que a dificuldade em achar informações precisas é uma estratégia de guerra utilizada há muito tempo. “Você cria uma névoa, divulga informações erradas para diluir a certeza do inimigo e a capacidade dele de tomada de decisões”, falou ao site.

A estratégia de confundir e omitir a verdade pode atender aos objetivos militares, mas desinforma e ilude, principalmente a população. Os ucranianos são diretamente afetados ao procurar informações seguras, seja para buscar ajuda, abrigo ou sair das zonas de conflito, tendo em vista que milhares ainda tentam deixar o país, após tentativas frustradas de cessar-fogo.

Por outro lado, na Rússia, era por meio das redes sociais e alguns veículos independentes que a população acessava narrativas diferentes daquelas contadas pelo Governo Russo, que controla os meios de comunicação do país. O presidente Vladimir Putin, inclusive, proibiu que o termo guerra seja utilizado no país, bem como vetou o acesso dos russos ao Facebook e Twitter.

O papel do jornalismo

O jornalismo disputa seu espaço com gigantes da tecnologia, que moderam o que pode ou não ser visto, elogiado ou replicado na internet. Mas, assim como nas eleições de 2018, no contexto da pandemia e de diversas outras guerras, essas empresas, que dizem defender a democracia e condenar autoritarismos, não deixam completamente claro o que vêm fazendo para driblar as notícias falsas, que se espalham numa velocidade gigantesca.

Muitos profissionais da comunicação, por sua vez, vêm cumprindo o seu papel de forma ética e corajosa: o de dar luz a milhares de histórias cotidianas de pessoas que, repentinamente, precisaram deixar suas casas e vidas para se tornarem refugiados.

No Brasil, muitos dos materiais e informações disponíveis são replicados por agências internacionais, dada a distância, o investimento e também os riscos do envio de profissionais para os conflitos. Mas há jornalistas brasileiros espalhados em cidades fronteiriças com a Ucrânia, e outros dentro do país, que passaram ou ainda permanecem na região elaborando reportagens profissionais e humanas. Pela CNN Brasil: Mathias Brotero; Record: Leandro Stoliar e Roberto Cabrini; Band: Yan Boechat; SBT: Sérgio Utsch; Estadão: Eduardo Gayer; Rede Globo: Gabriel Chaim, Rodrigo Carvalho e Marcelo Courrege.

André Liohn, fotojornalista de guerra, está em Lviv e tem contribuído para a Folha de S. Paulo, além de produzir imagens fortes, sobretudo, tristes. Liohn, que diariamente usa as redes também para se comunicar, desabafou que reportar da Ucrânia dá a sensação de que o trabalho jornalístico não é necessário. “Ambos os lados usam as mídias sociais para informar, doutrinar, difundir, assustar, manipular aqueles que lhe interessam sem precisarem se submeter ao crivo jornalístico”, twittou no dia 3 de março.

Não só Liohn, mas os demais repórteres brasileiros, trazem histórias de cotidianos afetados drasticamente, bem como da onda de solidariedade que se formou em toda a Europa e mundo para com os mais de 1 milhão de refugiados, segundo estimativa da ONU no domingo, 6 de março.

Para além da complexidade histórica e geopolítica envolvida no conflito, é importante salientar que especialistas, colunistas e comentaristas, contribuem com os debates ao explicar motivações sobre o acontecimento. O que a imprensa não pode fazer, definitivamente, é justificar a guerra. O jornalismo deve fazer análises, não torcida. Conflitos humanos não podem ser simplificados a ponto de que a população chegue a conclusão de que existe um vilão ou um mocinho. Em uma guerra todos perdem, e o mais afetado é o povo. Uma cobertura equilibrada e que condena qualquer tipo de violência é o que a opinião pública precisa agora.

“Simplificar é desserviço”, diz Jamil Chade

Para o jornalista Jamil Chade, que já cobriu diversos conflitos, este é o primeiro confronto 100% online. Apesar de guerras estarem acontecendo em outras partes do mundo e de, injustamente, não receberem a mesma atenção da mídia, Kiev, a capital, e as demais cidades da Ucrânia, estão absolutamente conectadas. “Talvez a gente viva uma nova etapa da informação sobre a guerra, mas também de como isso é digerido pelo mundo. Sabemos que isso também tem impacto na forma como se dá o desenvolvimento da guerra. Desinformação e conflitos andam de mãos dadas por milênios, são exemplos de como a desinformação faz parte desses processos, e forma opinião rapidamente”, pontuou.

O desafio dos jornalistas, de acordo com ele, é explicar a história, num período extremamente complexo. “Por ora, não existe uma resposta óbvia. Quando tentamos no Twitter ou nas redes sociais simplificar, a gente está fazendo um desserviço para a compreensão de todos os conflitos. Eles são longos e complexos. Essa é uma das outras lições desta guerra, vamos ter de lidar com a complexidade, não podemos esquecer dela. O mundo não é resolvível em alguns caracteres nas redes sociais”.

 

*Por Tânia Giusti, mestre em Jornalismo pelo PPGJOR/UFSC e pesquisadora do objETHOS

** Texto originalmente publicado no site do objETHOS

ABRAJI: estudo revela ataques de gênero contra jornalistas em 2021

Um estudo inédito da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) revelou que 127 jornalistas e meios de comunicação foram alvos de violência de gênero em 2021. As mulheres jornalistas foram 91,3% das vítimas.

Realizado com apoio do Global Media Defence Fund, da UNESCO, o relatório “Violência de gênero contra jornalistas” aponta ainda que os profissionais da imprensa e veículos foram alvos de 45 ataques direcionados, utilizando gênero, sexualidade ou orientação sexual como argumentos para a agressão.

“Os constantes ataques de violência de gênero contra jornalistas no país refletem o delicado momento que estamos vivendo. O nosso relatório dá visibilidade ao problema que acompanhamos diariamente. Nossa missão é unir forças e, com base nesses dados e indicadores, buscar soluções”, afirmou Leticia Kleim, assistente jurídica da Abraji e coordenadora do relatório. O relatório completo pode ser acessado em violenciagenerojornalismo.org.br

 

Fonte: ABRAJI

Dados, audiência e monetização são destaques do Acelerando a Transformação Digital

O programa “Acelerando a Transformação Digital”, voltado para o rádio e TV, recebeu, nesta quinta-feira (10), a premiada jornalista egípcia Ethar El-Katatney. Na terceira sessão do programa, que teve como tema “Estratégias na cultura orientada por dados”, a jornalista compartilhou dicas de como analisar métricas para serem usadas na produção de conteúdos estratégicos para as plataformas digitais.

 “O foco na sua audiência será o modelo de negócios de sucesso. Dados dizem muito sobre quem é a pessoa. Portanto, considero de extrema relevância coletar informações e conhecer o seu público para segmentar uma determinada publicação”, defendeu.

De acordo com El-Katatney, milhares de conteúdos podem ser gerados para grupos diferentes, desde que a emissora tenha conhecimento do que produzir e como distribuir com base nas informações do seu público. “Averiguar e entender o comportamento do ouvinte/telespectador é fundamental para personalizar a mídia, seja ela para o rádio ou televisão”, pontuou.

Para a jornalista, a monetização é resultado da melhor forma de engajar uma publicação que resulte em audiência. “Estratégia de engajamento é algo grande e importante. Construir um público centrado e que esteja compromissado com a empresa e queira se tornar seu associado pode ser considerado um modelo de negócio sustentável”, complementou.

A jornalista acha importante que as empresas trabalhem com uma equipe de profissionais que esteja integrada e envolvida em todos os processos de divulgação de um conteúdo, desde a apuração dos fatos, até postagens em redes sociais. “Conteúdo digital não é para ganhar dinheiro, mas sim para aumentar a quantidade de pessoas que podem consumir o seu produto”, finalizou.   

Também participaram do encontro, representantes do ICFJ (International Center for Journalists) e da Meta, parceiros da ABERT no Acelerando a Transformação Digital, além do coordenador do projeto, Allen Chahad. 

 

Fonte: ABERT

Assine nossa Newsletter