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Astronauta Marcos Pontes assume MCTI e diz se sentir como em um foguete

Simpático, acessível e disposto a fazer um trabalho com muita eficiência. Essa foi a sensação que o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, passou na cerimônia de transmissão de cargos, na manhã desta quarta-feira (2/1). Chegou ao ministério pouco antes das 9h, atendeu a imprensa e depois foi a um auditório lotado, que se tornou pequeno para tantos convidados. Muitos tiveram de assistir à solenidade por telões espalhados pelo térreo do ministério.
 
 
“Quando sentei em cima de 300 toneladas de combustível lógico que me deu medo. Hoje, tenho a mesma sensação, mais pela responsabilidade. No foguete, quando sentia medo, passava a mão na bandeira do Brasil, porque assim lembrava que não estava sozinho. Da mesma forma, agora, não estarei sozinho”, disse, em um discurso emocionado.
 

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Marcos Pontes, com Bolsonaro, no dia da posse do novo presidente e seus ministros (foto: Sergio Lima / AFP )
 
“A nossa bandeira significa o sacrifício de muita gente. Não podemos deixar o medo nos paralisar, é preciso coragem para fazer o que precisa ser feito”, disse. “. Cada trabalho é importante. Isso não é um emprego, é uma oportunidade para fazer a diferença”, acrescentou, no discurso oficial.
 
Marcos Pontes prometeu trabalhar com a comunidade científica, com empresas privadas e em parceria com vários ministérios para garantir os pilares que vão nortear sua passagem pelo MCTIC. “Nossa missão será produzir conhecimento, com pesquisa e ciência, garantir a produção de riquezas para o país, por isso as tecnologias aplicadas são importantes, mas, sobretudo, levar melhoria da qualidade de vida das pessoas”, elencou. 
 
O ministro defendeu a cooperação entre as pastas. “Vamos estudar como a tecnologia pode melhorar todas as atividades em parceria com outros ministérios. Sabemos que ciência e tecnologia estão em todas as atividades, na indústria, na saúde, na agricultura”, alertou. Pontes anunciou, então, sua equipe. (Veja no quadro)

Estrutura
 
Antes do evento, em uma coletiva, Pontes explicou como ficou o ministério. Na parte de comunicações, o MCTIC permanece com as duas secretarias da forma como estavam: uma de radiodifusão e outra de telecomunicações. Haverá uma secretaria de Pesquisa e Formação, para motivar ciência e tecnologia nas escolas e estimular jovens para seguirem as carreiras de pesquisa. A Secretaria de Empreendedorismo e Inovações deve incluir as políticas digitais. 
 
A Secretaria de Tecnologias Aplicadas vai promover cooperações com outros ministérios. “Ainda teremos a Secretaria de Planejamento, Projetos, Cooperações e Controle, que funcionará basicamente funciona no gerenciamento de projetos. Vai estabelecer indicadores e critérios para medir a efetividade dos nossos trabalhos e o retorno dos investimentos”, disse Pontes. A secretaria também ficará a cargo da captação  de recursos “Orçamento é um dos problemas sérios que temos em Ciência e Tecnologia”, disse. 
 
Sobre o futuro da Telebras, estatal que ameaçava ser extinta, Pontes disse que a empresa permanece da mesma forma. “Temos um trabalho a ser feito com relação à recuperação de eficiência de todas as entidades vinculadas. Esse trabalho inicia hoje, propriamente dito”, afirmou. “Temos uma série de problemas a serem resolvidos tanto na Telebras, quanto nos Correios”, completou.
 
Banda Larga
 
A parte de inclusão digital permanece dentro das telecomunicações. “Não mexi em nada disso. O que mais me preocupa nessa área é levar banda larga ao país inteiro.Há regiões remotas em que isso é difícil, mas é importante para as escolas e famílias. Esse esforço vai ser muito grande”, destacou. “Estamos analisando como isso pode ser melhorado. Temos a questão da Viasat (empresa norte-americana contratada pela Telebras para operar o satélite brasileiro). Há uma questão jurídica para resolver e eu coloquei um pessoal extremamente competente para tratar para dar seqüência a esse trabalho. Mas o contrato deve andar como deveria”, explicou.
 
Pontes também afirmou que existem muitos provedores no país todo. “Eles podem fazer a capilaridade. Temos trabalhado junto com eles também”, disse. O ministro disse que fará um  trabalho mais próximo dos congressistas e da sociedade para que percebam a importância estratégica do ministério. “Para que nos ajudem a conduzir esse trabalho, a ter orçamento adequado para dar contribuição ao país”, prometeu.
 
O ministro disse ainda que vai reveer uma série de leis e legislações. “Temos que analisar a aplicabilidade para torná-las mais eficiente. Por isso, foi incluído na Secretaria de Planejamento, o setor de indicadores e otimização. Vamos observar processos e melhorar a eficiência continuamente”, acrescentou.
 
Fonte: www.correiobraziliense.com.br

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