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Clarín receberá Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa

Liberdade de Imprensa

Associação brasileira considera que periódico é símbolo na luta por jornalismo independente

Em conflito com o governo Kirchner desde 2008, do qual foi aliado durante cinco anos, o jornal argentino Clarín irá receber, no próximo dia 27, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa, concedido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). “O jornal Clarín foi escolhido por simbolizar os problemas que os meios de comunicação da Argentina têm sofrido para exercer um jornalismo independente, em função de pressões por parte do governo”, diz texto publicado no site da entidade. A premiação foi criada com o objetivo de homenagear pessoas, jornais ou instituições que tenham se destacado na promoção ou defesa da liberdade de imprensa. O prêmio será entregue na abertura do “Fórum Internacional Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário”, promovido por ANJ, STF e Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

O Grupo Clarín, maior holding multimídia do país vizinho, e os Kirchner – a atual presidente, Cristina, e o antecessor e marido, Néstor, morto em outubro de 2010 – viveram em idílio a partir de 2003. Na época, o grupo deu apoio a Néstor, então um obscuro governador da província de Santa Cruz – 1% do eleitorado argentino – na disputa pela Casa Rosada, contra Carlos Menem. Vitoriosos, os Kirchner favoreceram o grupo nos negócios e na oferta de informações até abril de 2008, quando Clarín vacilou no apoio à dupla em conflito com ruralistas. A partir daí, o casal presidencial declarou guerra incondicional ao jornal e, de lá para cá, o conflito se intensifica a cada dia.

 




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